Considerando-se que as negociações antecipadas desta temporada estão mais adiantadas que as dos últimos dois anos, vendedores consultados pelo Cepea se retraíram do mercado, inclusive do spot. Compradores, por sua vez, se mostram abastecidos e apenas aguardam a entrada da nova safra, na expectativa de preços menores. No geral, as incertezas quanto ao uso da tabela de fretes também limitaram as negociações na semana passada. Entre 9 e 16 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) recuou 0,77%, a R$ 84,62/saca de 60 kg na sexta-feira. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou queda de 1,18%, a R$ 78,49/sc de 60 kg no dia 16.
MILHO: PROCURA IMPULSIONA VALORES NA MAIORIA DAS REGIÕES
As altas nos preços do milho, que estavam sendo observadas especialmente nas praças consumidoras até o encerramento da primeira quinzena, agora passam a ser registradas também na maior parte das regiões produtoras, como Centro-Oeste e Paraná. Segundo colaboradores do Cepea, o impulso veio da demanda mais aquecida. Isso porque o diferencial de preços entre as regiões, que era observado no início de novembro, fez com que compradores se deslocassem para aquisições mais distantes. No entanto, esses demandantes encontram vendedores mais retraídos, especialmente após as retomadas das exportações do cereal. A oferta de milho da segunda safra do Centro-Oeste brasileiro, que até o final de outubro estava pressionando as cotações nos mercados do Sudeste, já começou a ficar limitada, devido ao avanço da comercialização. Além disso, as incertezas quanto ao uso da tabela de fretes também limitaram as negociações nos últimos dias. Na região de Campinas (SP), compradores estão mais presentes, mas têm fortes restrições de oferta, tanto regionais quanto de fora do estado. Entre 9 e 16 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 2,3%, fechando a R$ 36,81/saca de 60 kg na sexta-feira, 16.
MANDIOCA: RITMO DE COLHEITA SE INTENSIFICA E PREÇOS CAEM COM FORÇA
Receosos com a possibilidade de novas quedas nos preços, produtores consultados pelo Cepea aumentaram o ritmo de colheita, aproveitando o clima favorável, com objetivo de se capitalizarem para os pagamentos dos custos com tratos culturais. Com a maior oferta, as cotações caíram ainda mais – vale ressaltar que a retração de farinheiras também auxiliou na queda dos preços. Entre 12 e 16 de novembro, o valor médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 407,53 (R$ 0,7088 por grama de amido, na balança hidrostática de 5 kg), queda de 3% frente à média da semana passada.
CITROS: DEMANDA DIMINUI, MAS PREÇO SEGUE ESTÁVEL; TAHITI SE DESVALORIZA
A demanda por laranja pera no mercado de mesa paulista esteve limitada nos últimos dias, devido ao feriado nacional da Proclamação da República, na quinta-feira, 15. Além disso, conforme colaboradores do Cepea, os elevados patamares da variedade reforçaram a retração no consumo. Entre 12 e 16 de novembro, a pera foi negociada à média de R$ 30,19/cx de 40,8 kg, na árvore, praticamente estável (-0,7%) em relação à semana anterior. Já os preços da lima ácida tahiti continuam sendo pressionados pela maior entrada de frutas com menor calibre. A média entre 12 e 16 de novembro, de R$ 44,00/cx de 27 kg, colhida, foi 19,1% inferior à da semana anterior. Para as próximas semanas, produtores apostam em aumento gradativo da oferta de tahiti mais graúda, proveniente de pomares irrigados.