As cotações do óleo de soja recuaram nos últimos dias, pressionando os valores do grão, conforme apontam dados do Cepea. Entre 17 e 24 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) recuou 5,32%, a R$ 188,96/sc de 60 kg na sexta, 24. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná caiu 4,95%, fechando a R$ 184,07/saca de 60 kg. As baixas limitaram a realização de negócios, apesar da alta do dólar. A desvalorização do óleo de soja, por sua vez, esteve atrelada às quedas nos preços do óleo de palma e do petróleo. Expectativas de que a safra 2022/23 dos Estados Unidos seja elevada – favorecida pelo clima –, de recessão global e de novo lockdown na China intensificaram a pressão sobre as cotações.
MILHO: COLHEITA AVANÇA, E PREÇOS VOLTAM A CAIR
Influenciados pelo avanço da colheita da segunda safra, que tem sido beneficiada pelo clima seco na maior parte das regiões produtoras, e pela consequente pressão de compradores, os preços do milho voltaram a cair, segundo dados do Cepea. Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a R$ 85,65/saca de 60 quilos nessa sexta-feira, 24, recuo de 0,78% em relação à sexta anterior, 17. As desvalorizações mais significativas foram observadas nas regiões que avançaram mais com a colheita, como os estados de Mato Grosso e Paraná. A Conab indica que a colheita da segunda safra alcançou os 11% até o dia 18 de junho, avanço frente aos 4,9% da semana anterior.
MANDIOCA: INDÚSTRIA DE FÉCULA TEM DIFICULDADE PARA MANTER A MOAGEM
Com a pequena disponibilidade de lavouras de segundo ciclo e o baixo interesse de produtores em comercializar raízes de primeiro ciclo, devido ao menor rendimento de amido, a indústria tem tido dificuldade de intensificar a moagem, principalmente no estado do Paraná. Segundo informações do Cepea, esses agentes estão buscando se precaver para o cenário de menor oferta de fécula na segunda metade do ano, e os estoques atuais estão diminuindo. Esse contexto acirrou a disputa por mandioca entre firmas de diferentes regiões.
OVOS: COM VENDAS AQUECIDAS, PREÇOS SEGUEM FIRMES
Depois das altas observadas no início de junho, condições favoráveis à venda de ovos somadas ao controle da oferta vêm sustentando os preços, de acordo com dados do Cepea, mesmo com o avanço da segunda quinzena. Dentro da porteira, temperaturas mais baixas permitem um melhor controle da produção, enquanto na ponta final da cadeia, o alto valor das carnes e o baixo poder de compra da população levam consumidores a buscar proteínas mais baratas, favorecendo a liquidez dos ovos comerciais. Nesse contexto, as cotações da proteína seguem firmes.