Como boa parte da safra 2018/19 da soja brasileira já foi comercializada, o ritmo de embarques da oleaginosa tem sido menor, o que reduziu os prêmios de exportação. Esse fator, atrelado às quedas dos contratos futuros na CME Group (Bolsa de Chicago), pressionou com força o valor FOB no porto de Paranaguá. No mercado interno, segundo colaboradores do Cepea, a movimentação para novos negócios permanece em ritmo lento e os preços, em queda. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) registrou queda de 0,6% entre 12 e 19 de julho, indo para R$ 78,90/saca de 60 kg na sexta-feira, 19. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná cedeu 0,9%, a R$ 73,51/sc de 60 kg no dia 19.
MILHO: PROGRESSO DA COLHEITA E AUSÊNCIA DE COMPRADORES ENFRAQUECE COTAÇÕES
Com o avanço da colheita, a perspectiva de alta disponibilidade de milho nas próximas semanas tem pressionado as cotações no mercado interno desde o início de julho. Apesar de os preços externos também estarem em queda, a movimentação nos portos brasileiros voltou a aumentar nos últimos dias, influenciada pela competitividade e pela disponibilidade do cereal brasileiro. Por outro lado, o ritmo aquecido das exportações tem limitado as quedas dos preços domésticos. No geral, conforme colaboradores do Cepea, compradores postergam as negociações de novos lotes, na expectativa de melhores oportunidades de comercialização nas próximas semanas, enquanto vendedores priorizam a entrega dos lotes já vendidos. Em Campinas (SP), região referência para o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, novamente compradores se mantiveram afastados na maior parte da semana. O Indicador fechou a R$ 36,88/saca de 60 kg, na sexta-feira, 19, queda de 0,9% frente ao do dia 12.
BATATA: COLHEITA DA SAFRA DE INVERNO AVANÇA E COTAÇÕES RECUAM NO ATACADO
As cotações da batata padrão ágata especial caíram nos últimos dias, devido ao avanço da colheita da safra de inverno, apesar da lentidão das atividades. Entre 15 e 19 de julho, o produto foi comercializado a R$ 115,44/sc de 50 kg em São Paulo (SP), queda de 15% frente à média da semana anterior – nesse mesmo período, um grande volume foi vendido a R$ 80,00/sc na praça paulista. Em Belo Horizonte (MG) e no Rio de Janeiro (RJ), muitos negócios foram fechados a R$ 70,00/sc, mas a média de preços na semana foi de R$ 101,58/sc em BH e de R$ 102,28/sc no RJ, respectivas quedas de 13% e de 12%. Além disso, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, muitos tubérculos têm apresentado menor calibre e pele mais escura, o que não favorece a comercialização.