A firme demanda externa, a maior procura por parte de indústrias domésticas e as expectativas de menor estoque de passagem na América do Sul elevaram os preços da soja no mercado brasileiro nos últimos dias. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) fechou a R$ 172,19/sc de 60 kg na sexta-feira, 13, aumento de 1,27% em relação ao dia 6 de agosto. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 1,58%, indo para R$ 169,81/sc de 60 kg.
MILHO: MOVIMENTO DE QUEDA PERDE FORÇA
O movimento de baixa nos preços do milho, que vinha sendo observado em muitas praças acompanhadas pelo Cepea, perdeu força nos últimos dias. Entre 6 e 13 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu 0,78%, fechando a R$ 99,87/saca de 60 kg na sexta-feira, 13 – no acumulado de agosto (até o dia 13), porém, a baixa ainda é de 1,51%. Isso porque estimativas divulgadas na semana passada confirmam quedas nas ofertas nacional e externa. No Brasil, dados evidenciam que as secas e as geadas reduziram com certa intensidade a produtividade das lavouras da segunda safra. Nos Estados Unidos, a seca em determinadas regiões também prejudicou a produção. Diante disso, segundo pesquisadores do Cepea, os negócios no mercado nacional são pontuais.
MANDIOCA: MENOR OFERTA E DEMANDA FIRME ELEVAM COTAÇÕES
Com a menor oferta de raiz de mandioca e a demanda ainda firme, os valores do produto subiram na semana passada, conforme apontam dados do Cepea. O preço médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 473,12 (R$ 0,228 por grama de amido), avanço de 3,5% frente ao período anterior. Este valor é o maior, em termos nominais, desde maio deste ano. O clima seco tem sido determinante para a cultura da mandioca em todas as regiões, uma vez que tem afetado o plantio (que está atrasado) e a colheita. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a precipitação acumulada nos últimos 10 dias nas regiões produtoras de mandioca ficou abaixo dos 10 mm. Neste cenário e com a menor disponibilidade de lavouras de segundo ciclo, a oferta de raízes diminuiu.
OVOS: EQUILÍBRIO ENTRE OFERTA E DEMANDA ESTABILIZA PREÇOS
Os preços dos ovos comerciais se estabilizaram nos últimos dias, após subirem consecutivamente na primeira semana de agosto, conforme indicam dados do Cepea. A boa liquidez na ponta final da cadeia, uma vez que a procura por ovos está aquecida, aliada à produção controlada permitiram que os preços seguissem em patamar elevado. Do lado da demanda, além do período de início de mês, quando o poder de compra da população está maior, colaboradores do Cepea indicam que o retorno das aulas tem aquecido a procura por ovos. Os elevados preços das carnes também têm favorecido a liquidez dos ovos, que têm valor mais atrativo ao consumidor final. Já quanto à oferta, as temperaturas mais baixas das últimas semanas ajudaram a controlar a produção. Além disso, o setor vem programando descartes de poedeiras, se preparando para os próximos meses, que, historicamente, têm picos de produção e recuo de preços.