As cotações da soja registraram baixa nesta parcial de abril, conforme indicam dados do Cepea. Entre 31 de março e 8 de abril, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná cederam 1,14% e 0,78%, com respectivos fechamentos de R$ 184,13 e de R$ 180,90/saca de 60 kg na sexta-feira, 8. Segundo pesquisadores do Cepea, o recuo esteve atrelado à oscilação cambial, à finalização da colheita no País e à menor demanda pela oleaginosa brasileira. No entanto, as baixas foram limitadas pelas recentes chuvas no Sul do Brasil (que estão prejudicando a colheita), pelos reajustes de oferta e demanda realizados pela Conab e pela retração vendedora.
MILHO: INDICADOR SEGUE EM QUEDA; SEGUNDA SAFRA PODE SER RECORDE
A produção nacional da segunda safra de milho deve ficar acima das expectativas iniciais, podendo ser recorde. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário tem afastado compradores do spot brasileiro, mantendo os preços do cereal em queda. Entre 31 de março e 8 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou 4,37%, fechando a R$ 89,02/sc de 60 kg na sexta-feira, 8. Muitos consumidores paulistas sinalizam ter estoques confortáveis para o curto prazo. Segundo os dados divulgados pela Conab na quinta-feira, 7, a segunda safra brasileira 2021/22 de milho está estimada em 88,53 milhões de toneladas, que, se confirmada, será um recorde e 45,8% maior que a da temporada 2020/21. O incremento está relacionado ao aumento da área e ao clima favorável até o momento.
MANDIOCA: OFERTA AUMENTA, MAS SEGUE ABAIXO DA DEMANDA
Uma parte dos agricultores elevou o interesse pela comercialização da mandioca nos últimos dias, visto que a disponibilidade de mão de obra e de máquinas e equipamentos aumentou com o avanço da colheita de grãos. Essa alta na oferta, por sua vez, foi limitada pela restrição de área e pelo baixo rendimento de amido. Assim, a oferta continuou abaixo da demanda industrial, que está firme tanto para reabastecer os estoques quanto para atender novos clientes. Nesse cenário, os preços da raiz são os maiores, em termos nominais, de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2002.
OVOS: EXPORTAÇÕES SÃO AS MENORES EM SETE MESES
Após registrarem ritmo intenso nos dois primeiros meses de 2022, os embarques de ovos comerciais (in natura e processados) diminuíram em março, somando o menor volume desde agosto/21. De acordo com dados oficiais da Secex compilados por pesquisadores do Cepea, o Brasil exportou 572 toneladas da proteína no último mês, quantidade 72,7% menor que a embarcada em fevereiro e 4,1% inferior à de março/21. Em termos financeiros, o aumento do preço médio pago pelo produto exportado favoreceu a receita obtida com os embarques em março, amenizando a queda mensal e, inclusive, elevando o montante frente ao arrecadado em março/21. No último mês, a receita com as exportações de ovos in natura e processados somou R$ 7,3 milhões, 55,5% menor que a de fevereiro, mas 33,2% acima da recebida no mesmo mês de 2021.