As negociações de soja no mercado spot estiveram lentas nos últimos dias, devido à desvalorização do dólar frente ao Real. Assim, de acordo com dados do Cepea, os preços da oleaginosa recuaram. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá caiu 0,6%, de 23 a 30 de julho, fechando a R$ 168,05/sc de 60 kg no dia 30. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou queda de 0,46% na mesma comparação, a R$ 163,56/sc de 60 kg na sexta-feira. No mês, porém, esses Indicadores subiram 6,28% e 6,64%, respectivamente. Quanto ao dólar, a baixa foi de 0,38% entre 23 e 30 de julho, a R$ 5,1970 no último dia útil de julho. Vale lembrar que, apesar da lentidão no spot, já há interesse em negociar contratos a termo da safra 2022/23.
MILHO: MENOR OFERTA MANTÉM PREÇOS EM ALTA
As cotações do milho continuam em alta no mercado brasileiro, conforme apontam dados do Cepea. Esse cenário está atrelado à diminuição da oferta de vendedores, que seguem atentos à colheita da segunda safra e à redução na produtividade, em decorrência do desenvolvimento prejudicado pela seca e pelas geadas. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) subiu 1,41% de 23 a 30 de julho, fechando a R$ 101,40/saca de 60 quilos na sexta-feira, 30 – em julho, a alta acumulada foi de 13,21%. CAMPO – No Paraná, a Seab/Deral indica baixa de 58% na produção em relação à expectativa inicial (de 14,6 milhões de toneladas), passando para 6,1 milhões de t. Em Mato Grosso, o Imea aponta queda na produtividade, passando de 106,29 sacas/hectare em janeiro para 93,8 sc/ha em julho, o que deve resultar em produção de 32 milhões de toneladas, redução de 4 milhões de t em relação à expectativa inicial e de praticamente 3 milhões de t na comparação com o ano anterior.
MANDIOCA: PREÇOS SOBEM, MAS MÉDIA MENSAL FICA ABAIXO DA DE JUNHO
Com produtores focados em separar manivas para novos plantios e o clima adverso (chuvas em parte das áreas e seca em outras), a oferta de mandioca para processamento seguiu baixa na semana passada, segundo informações do Cepea. Por outro lado, a demanda industrial se manteve firme, com agentes disputando a matéria-prima em regiões mais distantes. Com isso, a média semanal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 433,00 (R$ 0,7530 por grama de amido), elevação de 2,4% frente ao período anterior. Porém, a média nominal de julho ainda está 4,7% menor que a de junho.
OVOS: PREÇOS TÊM COMPORTAMENTOS DISTINTOS NO FIM DE JULHO
Após longo período de estabilidade, os preços dos ovos comerciais tiveram duas variações distintas nos últimos dias de julho, de acordo com dados do Cepea. Primeiramente, com as vendas enfraquecidas, agentes baixaram os valores pedidos, com o objetivo de garantir o escoamento do produto e evitar sobras. Já no segundo momento, com o maior controle da oferta – que já estava limitada devido às baixas temperaturas, que favorecem o controle da produção – e a proximidade do fim de semana e do início de agosto, as cotações subiram em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Para as próximas semanas, o setor tem expectativa de preços maiores, principalmente por conta da volta às aulas em muitas regiões consumidoras, o que, tradicionalmente, favorece as vendas de ovos.