Os preços da soja registraram baixa nos últimos dias, segundo informações do Cepea. Entre 29 de abril e 6 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná caiu 0,9%, fechando a R$ 189,44/saca de 60 kg na sexta-feira, 6. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) recuou 0,7%, a R$ 193,91/sc de 60 kg no dia 6. De acordo com pesquisadores do Cepea, a pressão veio da menor demanda externa, sobretudo da China, e da evolução na colheita na América do Sul. Além disso, o baixo volume negociado de oleaginosa da safra 2021/22 do Brasil e a falta de espaço nos armazéns em grandes regiões produtoras do País vêm gerando expectativas de maior oferta no curto prazo.
MILHO: DEMANDA ENFRAQUECIDA PRESSIONA VALORES
Os preços do milho estão em queda em parte das regiões brasileiras, influenciados pela menor demanda. Na parcial deste mês (entre 29 de abril e 6 de maio), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) caiu 1,84%, a R$ 86,63/sc de 60 kg na sexta-feira, 6, o menor patamar nominal deste ano. Segundo informações do Cepea, compradores se mostram abastecidos e atentos às boas perspectivas quanto à segunda safra brasileira. Nem mesmo as altas nos preços externos e do dólar foram suficientes para interromper o movimento de queda no spot nacional. Além disso, produtores também têm interesse em negociar, seja para “fazer caixa” ou para liberar espaços nos armazéns.
MANDIOCA: PRODUTOR AUMENTA O INTERESSE PELA COMERCIALIZAÇÃO
Os recentes aumentos no teor de amido das raízes e a necessidade de se capitalizar ou de liberar áreas levaram agricultores que ainda têm lavouras de segundo ciclo a elevarem o volume comercializado. O avanço da colheita de mandioca de lavoura própria das indústrias e/ou de parcerias também influenciou no aumento da disponibilidade de matéria-prima. A demanda industrial, por sua vez, continua fortalecida. Quanto aos preços, seguiram firmes em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Entre 2 e 6 de maio, a média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 836,45 (R$ 1,4547 por grama de amido), alta de 0,58%.
OVOS: PREÇOS REAGEM NO INÍCIO DESTE MÊS
Depois de caírem com força no fim de abril, as cotações dos ovos reagiram na primeira semana de maio, favorecidas pelo aumento da demanda – com o recebimento dos salários por parte da população – e pela oferta ainda restrita do produto, principalmente de ovos maiores. No entanto, de acordo com pesquisadores do Cepea, a recente alta não foi suficiente para que os preços retomassem os patamares observados durante a Quaresma, devido às desvalorizações do fim de abril.