As cotações da soja recuaram no mercado doméstico nos últimos dias, segundo apontam dados do Cepea. Entre 14 e 21 de maio, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ Paraná cederam 2,17% e 2,05%, respectivamente, para R$ 173,01 e R$ 168,36 por saca de 60 kg na sexta-feira, 21. A pressão veio da ausência de compradores no mercado doméstico e das desvalorizações externa e cambial. A menor procura interna pela oleaginosa esteve atrelada à também baixa demanda por farelo de soja no Brasil, visto que grande parte dos compradores indica estar abastecida.
MILHO: PREÇOS TÊM COMPORTAMENTOS DISTINTOS DENTRE REGIÕES
Os valores do milho registraram comportamentos diferentes dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea na semana passada. Quedas nos preços foram observadas nas praças do Paraná e de Mato Grosso do Sul, devido, de modo geral, à expectativa de melhora do clima no Brasil. Em São Paulo, por outro lado, as cotações permaneceram firmes por causa da retração vendedora. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) subiu leve 0,58% de 14 a 21 de maio, indo para R$ 101,93/saca. De modo geral, a liquidez segue baixa. Boa parte dos produtores já quitou as dívidas e não tem necessidade imediata de caixa. Do lado dos consumidores, muitos estão preferindo consumir estoques, apostando na previsão de chuvas para os próximos dias, o que deve melhorar o desenvolvimento das lavouras e, consequentemente, a produtividade, aumentando a oferta.
MANDIOCA: APESAR DE ALTA PONTUAL NA OFERTA, PREÇOS SEGUEM FIRMES
Mesmo com as chuvas isoladas e em baixos volumes dos últimos dias, parte dos mandiocultores conseguiu aumentar o ritmo da colheita, elevando a oferta de forma pontual para algumas empresas. Entretanto, a demanda está aquecida, se sobressaindo à oferta, mantendo os valores da raiz firmes em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. O preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia avançou 0,98% na semana passada, para R$ 475,54 (R$ 0,8270 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg).
OVOS: QUEDAS CONSECUTIVAS LEVAM COTAÇÕES AO MENOR PATAMAR DESDE JAN/21
Com a oferta em elevação e a demanda cada vez mais enfraquecida no mercado interno, as cotações dos ovos comerciais estão em baixa desde o fim de abril, registrando, nesta segunda quinzena de maio, o menor patamar desde o dia 2 de janeiro deste ano – dados do Cepea. Nesse cenário, muitos agentes têm concedido descontos para efetivar vendas e reduzir sobras da produção, pressionando ainda mais os valores. Na ponta final da cadeia, o ritmo de vendas diminuiu ainda mais com o início da segunda quinzena do mês, quando o poder de compra dos consumidores é geralmente menor e a procura por ovos se enfraquece.