Os preços da soja subiram no mercado doméstico, diante das altas internacionais. De 22 a 29 de julho, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da oleaginosa subiram expressivos 5,8% e 5%, com respectivos fechamentos de R$ 195,73/sc e de R$ 188,17/sc de 60 kg nessa sexta-feira, 29. No front externo, a crise na economia da Argentina vem gerando especulações de menor oferta de soja e derivados para exportação. Para conter a inflação, o governo do país considera reduzir os embarques ou até mesmo elevar mais uma vez o imposto sobre as exportações do complexo soja. Vale ressaltar que o país vizinho é o principal exportador mundial de farelo e óleo de soja e o terceiro mais importante no abastecimento global do grão. Diante disso, agentes do Brasil e dos Estados Unidos esperam obter maior fatia nas comercializações mundiais de derivados de soja, resultando em alta nos preços em ambos os países.
MILHO: PREÇOS VOLTAM A SUBIR
As cotações do milho voltaram a subir em muitas regiões, como no estado de São Paulo, segundo dados do Cepea. O aumento está atrelado às recentes altas do mercado internacional, à maior demanda externa pelo cereal brasileiro e aos baixos estoques de compradores domésticos. Diante disso, os produtores se retraíram das vendas envolvendo grandes lotes, na expectativa de obter maior receita nos próximos períodos. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 3,58% entre 22 e 29 de julho, a R$ 82,93/sc nessa sexta-feira, 29.
MANDIOCA: MÉDIA MENSAL COMPLETA UM ANO DE ALTAS ININTERRUPTAS
As cotações da raiz de mandioca subiram em julho, devido à oferta abaixo das expectativas de agentes, especialmente para a indústria de fécula. Assim, de acordo com pesquisas do Cepea, os preços médios mensais completam um ano de elevações consecutivas. Entre 25 e 29 de julho, o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 923,69 (R$ 1,6064 por grama de amido), 1% acima da média da semana anterior. O preço médio nominal de julho subiu 7,2% frente ao de junho.
OVOS: PREÇOS INTERROMPEM ESTABILIDADE E ENCERRAM JULHO EM QUEDA
Após longo período de estabilidade, os preços dos ovos comerciais recuaram na última semana de julho, segundo dados do Cepea. A menor liquidez, por conta do período de fim de mês e da consequente menor demanda, pressionou os valores. Além disso, o poder de compra limitado da população frente à elevada inflação atual tem restringido o consumo de modo geral. Assim, muitos vendedores intensificaram os descontos nos últimos dias, procurando garantir as vendas e evitar sobras de ovos na virada do mês.