Recentes chuvas e previsões indicando novas precipitações têm favorecido a semeadura da soja em importantes regiões do Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, no Sul do País, os trabalhos chegaram a ser interrompidos na semana passada pela alta umidade. No Sudeste e no Centro-Oeste, as chuvas ainda são irregulares, mas produtores têm avançado com os trabalhos. Na região de Matopiba, a umidade esteve maior nos últimos dias, permitindo o início da semeadura da oleaginosa. No geral, os trabalhos de campo estão mais acelerados do que há um ano. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, atentos aos trabalhos de campo, produtores reduziram o ritmo das negociações envolvendo o volume remanescente da safra 2020/21. A demanda também está menor, resultando em baixa liquidez.
MILHO: VALOR CAI NO INTERIOR DO PAÍS, MAS AVANÇA NOS PORTOS
A retração de compradores manteve baixo o ritmo de negócios envolvendo o milho no mercado spot ao longo da semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário, atrelado à melhora das condições climáticas para a safra verão, resultou em queda nos preços do cereal na maior parte das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. Já nos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR), apesar da baixa liquidez, os valores do milho subiram, sustentados pela valorização do dólar frente ao Real.
MANDIOCA: PREÇO SOBE E VOLTA AO PATAMAR DE OUTUBRO/20
A menor disponibilidade de raiz de mandioca neste ano e incertezas sobre a área e volume seguem dando sustentação aos preços da matéria-prima e também dos derivados. Dados do Cepea mostram que os valores atuais da raiz operam nos maiores patamares nominais desde outubro de 2020. Em termos reais, as cotações são as mais elevadas desde novembro de 2020. Para este ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a área a ser colhida com mandioca no País caia 2,6%, para 1,23 milhão de hectares. A produtividade média brasileira para 2021 deve ser de 15 toneladas/hectare, 0,8% maior que a do ano passado. Assim, a produção de mandioca somaria 18,6 milhões de toneladas, 1,8% abaixo da de 2020.
OVOS: COM NOVO REAJUSTE, PREÇO DO BRANCO SE APROXIMA DO RECORDE NOMINAL
As cotações dos ovos brancos subiram pela segunda semana consecutiva, se aproximando do recorde nominal registrado em fevereiro. Segundo colaboradores do Cepea, a valorização foi influenciada pela oferta restrita de ovos maiores e pela maior demanda do consumidor final, devido ao recebimento dos salários no início do mês. Para retirada (FOB) em Bastos (SP), o preço da caixa com 30 dúzias de ovos brancos tipo extra subiu 3,8% entre 30 de setembro e 7 de outubro, fechando a R$ 128,23 na quinta-feira, patamar próximo do recorde nominal, de R$ 131,70/cx, registrado em 19 de fevereiro. Para os ovos vermelhos, apesar da alta na mesma proporção, os preços não se aproximaram do recorde. Em Bastos, o ovo vermelho tipo extra fechou a R$ 134,41/cx no dia 7, alta de 3,7% em sete dias.