As recentes chuvas intercaladas de sol vêm favorecendo a semeadura da safra 2024/25 de soja, com as atividades estando, agora, adiantadas em relação a igual período da temporada anterior. Vale lembrar que a atual safra iniciou em meio a condições climáticas adversas no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, essa melhora no cenário – que sustenta as expectativas de produção recorde no Brasil – afastou consumidores das negociações no mercado spot nacional na última semana. Sojicultores também estiveram mais afastados das vendas, atentos à valorização do dólar e às projeções indicando crescimento na oferta global da oleaginosa, ainda conforme pesquisadores do Cepea. No Brasil, a produção é estimada em 166,14 milhões de toneladas pela Conab e em 169 milhões de toneladas pelo USDA, ambos volumes recordes.
MILHO: Retração compradora limita alta de preços
O afastamento de alguns compradores limitou as altas de preços do milho na última semana, conforme levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a melhora do clima, as exportações em ritmo lento e as quedas dos contratos externos levaram demandantes a apostar em enfraquecimento nos valores domésticos. Além disso, as estimativas para safra 2024/25 indicam melhora na produção, o que pode aumentar o interesse de vendedores em negociar. Segundo relatório divulgado pela Conab na última quinta-feira, 14, a produção agregada de milho para 2024/25 é estimada em 119,81 milhões de toneladas, o que representaria um incremento de 3,6% em relação ao volume de 2023/24.
OVOS: Vendas crescem no atacado, mas preços seguem estáveis
Os elevados preços das carnes – como a bovina, suína e de frango – têm resultado em aquecimento na demanda por ovos, conforme apontam levantamentos do Cepea. Diante disso, o Centro de Pesquisas observa aumento nas vendas de ovos nos atacados. No entanto, a maior procura ainda não foi suficiente para impulsionar os valores da proteína. Levantamentos do Cepea mostram que as cotações seguem estáveis na maioria das regiões acompanhadas.
MANDIOCA: Preços sobem pela 24ª semana consecutiva
Os preços da mandioca seguem em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, subindo pela 24ª semana consecutiva. Entre 11 e 15 de novembro, a média nominal a prazo da raiz posta fecularia foi de R$ 687,95/tonelada (R$ 1,1964 por grama de amido), aumento de 2,1% em relação à do período anterior; em 12 meses, a valorização real (tendo o IGP-DI como deflator) é de 10,7%. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de alta dos preços segue atrelado sobretudo à baixa oferta. Além da menor disponibilidade de lavouras em algumas áreas, produtores continuam postergando as entregas, ainda por conta da rentabilidade e/ou expectativas altistas. Ao mesmo tempo, a demanda industrial por mandioca se mantém aquecida, impulsionada pelo maior fluxo de comercialização no atacado e varejo, conforme explicam pesquisadores do Cepea.