Chuvas na semana passada em muitas regiões produtoras aliviaram sojicultores brasileiros, que temiam que o tempo seco prejudicasse fortemente a safra. Os volumes de precipitações, no entanto, foram distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea. No Sul do País, especialmente no Paraná, em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, ainda que as chuvas tenham ficado abaixo do esperado, já auxiliam na recuperação do desenvolvimento das lavouras. Além disso, essa recente umidade deve permitir o replantio e a finalização do cultivo. Em partes do Centro-Oeste, as precipitações foram irregulares e, com isso, produtores estão à espera de chuvas em maior intensidade nos próximos dias. Quanto à comercialização, segue lenta em muitas regiões brasileiras. Além de grande parte da safra já ter sido negociada, incertezas relacionadas ao tamanho da produção limitam a liquidez.
MILHO: CLIMA FAVORÁVEL ANIMA PARTE DOS PRODUTORES
As chuvas na semana passada aliviaram muitos produtores de milho, especialmente os do Sudeste e de parte do Centro-Oeste, tendo em vista que favoreceram o desenvolvimento das lavouras da safra de verão 2020/21. Já no Sul do País, as precipitações ainda são pontuais e agricultores, preocupados, seguem à espera de maiores volumes. Nesse cenário, os preços de comercialização do milho continuam registrando movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, as recentes chuvas deixaram agentes mais otimistas quanto à produção da safra de verão e, por isso, houve um ligeiro aumento na oferta e consequente quedas nos valores. Por outro lado, temerosos, produtores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina seguem limitando a oferta – levando, inclusive, consumidores a buscarem o milho em Mato Grosso do Sul. Esse contexto sustenta as cotações do milho nestes estados do Sul.
OVOS: MESMO NESTA SEGUNDA QUINZENA, VALORES SEGUEM EM ALTA
Apesar do início da segunda quinzena do mês (cenário que tipicamente reduz a demanda e pressiona as cotações), a procura está praticamente estável e a oferta de ovos comerciais continua limitada. Nesse cenário, de acordo com informações do Cepea, as cotações continuam em elevação. O recente aumento na mortalidade das poedeiras, por conta das ondas de calor em outubro, trouxe perdas ao setor. Além disso, o alto custo de insumos utilizados na atividade, especialmente milho, farelo de soja e até mesmo as embalagens, tem deixado a atividade cada vez menos atrativa, levando agentes a controlarem a produção para diminuir os gastos, além do aumento da possibilidade de produtores deixarem a avicultura de postura.