Nos últimos dias, as recentes chuvas no Sul do Brasil aliviaram produtores, que já se preocupavam com a baixa umidade do solo. Em parte de São Paulo, por outro lado, as precipitações deram tréguas, porém a colheita deve ser intensificada apenas na segunda quinzena de fevereiro. Em Goiás e Minas Gerais, por sua vez, as chuvas têm beneficiado as lavouras. Quanto ao Mato Grosso, a atividade está atrasada em relação ao mesmo período de 2017, devido ao alto volume de precipitações.
MILHO: Disponibilidade segue limitada no mercado paulista
A oferta de milho no mercado paulista está restrita, visto que o volume colhido ainda é pequeno – em alguns casos, o cereal ainda apresenta alta teor de umidade. Compradores desse estado consultados pelo Cepea continuam optando por negociar pequenos lotes, enquanto vendedores capitalizados seguem concentrados na colheita. Entre 19 e 26 de janeiro, o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa, Campinas (SP), subiu 0,74%, indo a R$ 32,57/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 26. Quanto às exportações, o ritmo tem perdido a força. Na parcial de janeiro (em 14 dias úteis), o Brasil embarcou 2,13 milhões de toneladas do cereal, com média diária de 152,2 mil toneladas. Caso permaneçam neste ritmo até o final do mês, as exportações brasileiras devem somar 3,35 milhões de toneladas em janeiro, segundo a Secex. A perspectiva é que as exportações de milho diminuam nas próximas semanas e meses, em função da prioridade de produtores em negociar a soja.
MANDIOCA: Colheita avança, mas oferta ainda é considerada baixa
Apesar do volume de chuvas ter sido menor em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, possibilitando o avanço da colheita, a oferta ficou abaixo do esperado, devido à baixa disponibilidade de raízes de 1 ciclo e meio ou superior. Ao mesmo tempo, parte dos mandiocultores não demonstra interesse pela entrega de raízes mais novas, devido às baixas produtividades agrícola e industrial. Outros produtores, por sua vez, priorizam os tratos culturais. Quanto à demanda industrial, seguiu firme, em especial pela indústria de fécula. Nesse cenário, entre 22 e 26 de janeiro, a média a prazo para a tonelada posta fecularia foi de R$ 641,86 (R$ 1,1163 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 0,95% frente ao preço médio da semana anterior.
MELANCIA: Baixa oferta eleva preços da fruta
Ainda com baixa oferta, a melancia da região de Teixeira de Freitas (BA) se valorizou entre 22 e 26 de janeiro. Com a maior parte dos produtores aguardando o início de novas roças em fevereiro, a semana foi de colheita em apenas algumas lavouras. Para fevereiro, a expectativa é de disponibilidade considerável na região, com envios para os principais centros de comercialização. Além disso, o clima benéfico nos últimos meses promete boa produtividade para a segunda parte da temporada, que deve ser iniciada em fevereiro.