A firme demanda por parte de indústrias de biodiesel impulsionou os preços do óleo de soja no mercado brasileiro na última semana, segundo dados levantados pelo Cepea. Esse cenário acirrou a disputa com demandantes externos, uma vez que a procura global pelo óleo de soja do Brasil também está aquecida. De janeiro a julho de 2023, saíram dos portos brasileiros 1,6 milhão de toneladas de óleo de soja, de acordo com a Secex, um recorde.
MILHO: COLHEITA AVANÇA, E PREÇOS SEGUEM EM QUEDA
O avanço da colheita da segunda safra brasileira de milho, novas estimativas oficiais indicando produção recorde no País e a melhora do clima nos Estados Unidos mantiveram compradores afastados do mercado spot nacional ao longo da semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, nesse cenário, os negócios estiveram em ritmo lento, e os preços, em queda. Vale lembrar que o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) opera nos menores patamares nominais desde agosto de 2020. No campo, em relatório divulgado nesta semana, a Conab reajustou positivamente a estimativa de produção para o milho segunda safra para 100,18 milhões de toneladas – um novo recorde. Com isso, a produção nacional de milho da safra 2022/23 é estimada em 129,96 milhões de toneladas, também recorde.
MANDIOCA: OFERTA ESTÁ LIMITADA, MAS DEMANDA SEGUE FORTALECIDA
Na última semana, a oferta de raiz de mandioca para as indústrias foi limitada pela menor disponibilidade no campo e pela retração de uma parte de produtores, que está capitalizada. A demanda, por sua vez, continua fortalecida, e uma parcela das indústrias segue se abastecendo em áreas mais distantes. Quanto ao clima, algumas regiões paranaenses registraram chuva, mas o clima seco prevaleceu na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. Quanto aos preços, o valor médio semanal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 706,10 (R$ 1,2280 por grama de amido), leve queda de 0,8% frente à semana anterior.
OVOS: COTAÇÕES TÊM LEVE RECUPERAÇÃO EM ALGUMAS PRAÇAS, MAS SEGUEM CAINDO EM OUTRAS
Os preços dos ovos comerciais seguiram direções opostas nos últimos dias, registrando leve recuperação em algumas praças, e queda em outras. Além disso, os movimentos dos preços dos ovos brancos e dos vermelhos também foram antagônicos. De acordo com colaboradores do Cepea, o aumento dos preços esteve atrelado ao pagamento dos salários no início do mês e também à volta às aulas, que elevaram a demanda pela proteína. Já nas praças onde houve baixa nos valores, o motivo apontado pelos colaboradores foi a oferta bastante alta do produto.