Mesmo com os preços da soja elevados no mês passado frente ao anterior, as médias de novembro/17 dos Indicadores CEPEA/ESALQ Paraná e ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá são as menores para esse mês, em termos reais, desde 2011 – valores deflacionados pelo IGP-DI out/17. Segundo pesquisadores do Cepea, este cenário se deve ao maior excedente mundial e à queda do dólar frente ao Real, que, embora esteja nos maiores níveis de 2017, é a menor média para um mês de novembro, desde 2014. Quanto ao cultivo da soja, está na reta final em muitos estados do Brasil. De acordo com colaboradores do Cepea, o clima vem favorecendo os trabalhos de campo e também o desenvolvimento das lavouras já implantadas tanto no Brasil quanto na Argentina, cenário que gera expectativa de oferta elevada.
MILHO: COM EXPORTAÇÕES ENFRAQUECIDAS E MAIOR OFERTA, PREÇOS CAEM EM NOVEMBRO
Os preços de milho caíram na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea em novembro. Esse cenário se deve ao fraco ritmo de exportações do cereal nas últimas semanas e ao maior interesse interno de venda. Apesar da queda nas cotações, o ritmo de negócios ainda é lento, visto que, enquanto empresas limitam as compras a pequenos lotes, vendedores voltam as atenções às atividades de campo. Em novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou fortes 5,1%, fechando a R$ 30,59/saca de 60 quilos no último dia útil do mês.
MANDIOCA: PRODUTORES INTENSIFICAM COMERCIALIZAÇÃO E COTAÇÕES CAEM
A oferta de mandioca aumentou na semana passada, devido à intensificação dos trabalhos de campo na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Assim, parte dos mandiocultores intensificou a comercialização na semana. Por outro lado, a demanda industrial esteve enfraquecida, especialmente por parte da indústria de farinha, devido aos atuais custos da mandioca, segundo agentes consultados pelo Cepea. Nesse cenário, o valor médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta na fecularia foi de R$ 623,91 (R$ 1,0851 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg) entre 27 de novembro e 1º de dezembro, queda de 7,6% em comparação com a média anterior.
MELANCIA: PREÇOS SEGUEM EM BAIXOS PATAMARES
As cotações da melancia fecharam em baixa novamente na Ceagesp no final de novembro. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a descapitalização dos consumidores no período, a qualidade variada das frutas e o clima mais ameno na capital paulista pressionaram levemente as cotações. O preço médio da melancia graúda (>12 kg) foi de R$ 1,12/kg na semana passada, recuo de 3% frente à anterior. Nos próximos dias, as cotações podem se recuperar, devido à finalização da safra em Marília (SP) e ao início do mês; no entanto, a previsão de chuvas nos próximos dias em São Paulo (segundo a Climatempo) preocupa atacadistas, visto que pode continuar limitando a demanda.