Maio foi mais um mês de alta para o IFIX. Embora a valorização de +0,26% seja tímida, marcou o terceiro mês seguido em que o principal índice de fundos imobiliários da B3 (SA:B3SA3) apresentou rentabilidade positiva. As ações, representadas pelo Ibovespa, também tiveram um mês de valorização, com a alta de +3,22% do índice devolvendo parte das perdas do mês de abril. Porém, nos últimos 12 meses, o Ibovespa ainda apresenta uma desvalorização de -11,78%, enquanto o IFIX está levemente no território positivo. O IMA-B 5+ valorizou 1,16% em maio, sinalizando o fechamento dos prêmios das taxas de juros com vencimentos mais longos, o que também pode ser explicado pela valorização do real, já que o dólar perdeu -3,87% no mês em relação a moeda brasileira.
O grande desafio e assunto econômico que continua chamando a atenção dos investidores é a inflação, tanto no Brasil, como nas principais economias do mundo, com algumas poucas exceções. Nos EUA, embora alguns indicadores econômicos apresentaram arrefecimento, o mercado de trabalho ainda continua muito forte, com novas vagas criadas e aumento real da massa salarial indo além das expectativas, o que fortalece a demanda e sinaliza que talvez o FED, banco central americano, possa ter que tomar medidas mais duras para conter a inflação ao consumidor, como, por exemplo, aumentar a taxa básica de juros em um ritmo mais acelerado do que o mercado espera, movimento esperado para essa super quarta. Na Europa, a situação é bem parecida, com a inflação ao consumidor na média superando os 7,0% a.a., porém o Banco Central Europeu ainda não iniciou o ciclo de alta na taxa básica de juros, que segue no campo negativo (-0,50% a.a.). Os investidores que estavam muito pessimistas no começo do mês em relação a inflação e medidas mais contracionistas, fazendo isso refletir negativamente nos principais índices acionários internacionais, passaram a enxergar o copo meio cheio, com expectativas de que a inflação possa ter alcançado o pico e por isso os mercados reagiram de forma positiva nas últimas semanas.
No Brasil, o Banco Central aumentou mais uma vez a taxa SELIC em 1,00% a.a., fazendo com que a taxa básica de juros da nossa economia chegasse ao patamar de 12,75% a.a.. Além disso, o Comitê de Política Monetária também sinalizou que na próxima reunião, que acontece entre os dias 14 e 15 de junho, a decisão também deve ser de aumentar a SELIC, porém em um percentual menor, e que essa pode ser a última alta desse ciclo contracionista, já que na visão do Comitê a inflação deve ter atingido o pico de 12 meses em abril, abrindo espaço para um arrefecimento dos preços ao consumidor nos próximos meses.
Essa é uma sinalização muito esperada pelos investidores de renda variável, principalmente para aqueles que compram imóveis por meio de fundos imobiliários listados na B3. Reforçamos que temos visto indicadores melhores para os FIIs de tijolo, ou seja, aqueles que investem diretamente nos imóveis, com aumento dos dividendos, queda da vacância e negociações no mercado real com patamares de preços bem acima do que o valor médio relativo dos ativos que pertencem aos FIIs negociados em bolsa e por isso seguimos acreditando que para o investidor o momento oferece bons preços de entrada e carrego cada vez mais convidativo, o que naturalmente aumenta de forma considerável a margem de segurança de qualquer investimento.