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Será Que o Câmbio Abaixo de R$5,00 Veio Para Ficar?

Publicado 24.06.2021, 05:10
USD/BRL
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Seguimos com dólar abaixo de R$ 5,00, atraindo fluxo e com taxa de juros mais atrativa para investidores do que ao redor do mundo. Além disso, a vacinação está acelerando e, com isso, otimismo na abertura da economia e retomada do comércio. Máxima ontem em R$ 4,9801 e mínima em R$ 4,9363. Fechando praticamente estável.

Todos os movimentos no mercado de câmbio doméstico têm girado em torno da política monetária, principalmente aqui no Brasil. Com a perspectiva de um ciclo de aperto monetário um pouco mais forte, o mercado de renda fixa do Brasil fica bem mais interessante para os investidores estrangeiros.

Agora no radar a autonomia do Banco Central do Brasil, que deve ser votada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira.

CSLL de bancos já sobe a partir do mês que vem. Senado aprovou a MP que eleva a tributação de 15% para 25% até 31/12.

Faixa de isenção de IR pode chegar a R$ 3 mil em 2023. O limite atual é R$ 1,9 mil, de forma escalonada para compensar a queda na arrecadação.

O PMI da zona do euro atingiu em junho o maior nível desde junho de 2006, o da Alemanha alcançou maior nível desde março de 2011, e o do Reino Unido segue em nível elevado, apesar de ter tido queda perante maio.

O fluxo cambial - saldo de entrada e saída de dólares do país - do ano até 18 de junho ficou positivo em US$ 13,207 bilhões, informou nesta quarta-feira o Banco Central. O fluxo cambial semanal (de 14 a 18 de junho) foi positivo em US$ 847 milhões. O segmento comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) ficou positivo em US$ 1,011 bilhão. Do lado do segmento financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) o resultado ficou negativo em US$ 163 milhões.

Os investidores estão em compasso de espera pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) que sai hoje e pelo IPCA-15 de junho na sexta-feira.

Powell pode ter tentado tranquilizar os investidores, mas ainda existe uma grande incerteza sobre o momento dos aumentos das taxas de juros e da redução gradual das compras de ativos. É nisso que devemos nos concentrar para acompanhar a volatilidade do câmbio.

E ontem saíram os primeiros indicadores do PMI que apontam para mais um impressionante crescimento da economia dos Estados Unidos em junho, fechando um surto de crescimento sem precedentes no segundo trimestre como um todo. Embora o crescimento da produção e a entrada de novos pedidos tenham saído de seus picos na indústria e serviços, isso é mais devido a restrições de capacidade limitando as habilidades das empresas para lidar com a demanda, do que qualquer resfriamento da economia. Embora os indicadores de preço também tenham caído em relação aos recordes históricos, a economia continua aquecida, com os preços cobrados por mercadorias e serviços crescendo muito, a escassez de oferta piorando e empresas lutando para preencher as vagas e atender à demanda.

Um período de alta inflação nos Estados Unidos pode durar mais do que o previsto, mas ainda deve diminuir com o tempo, à medida que a economia volta ao normal, disseram dois funcionários do Federal Reserve na quarta-feira. “Essa questão de temporário vai ser um pouco mais longo do que esperávamos inicialmente. Em vez de ser de dois a três meses, pode ser de seis a nove meses" disse Raphael Bostic (presidente do banco da Reserva Federal de Atlanta) ontem.

A rapidez com que isso acontece, no entanto, pode influenciar as próximas decisões do Federal Reserve sobre quando começar a reduzir seus US$ 120 bilhões em compras mensais de títulos e, eventualmente, aumentar as taxas de juros. Para nós, tomara que demore bastante para o juro por lá subir, assim o real vai apreciando ajudado também pelo ciclo de aumentos de Selic.

De calendário hoje temos o relatório mensal do BCE com as análises detalhadas sobre as condições econômicas atuais e futuras do ponto de vista do banco. Decisão da taxa de juro na Inglaterra. No Brasil a confiança do consumidor (FGV) e índice de evolução de emprego. Nos EUA, PIB trimestral.

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