Este artigo foi escrito exclusivamente para Investing.com
- Bitcoin e o ponto de pivô de US$ 40.000
- Ethereum está perto do nível de US$ 2.900
- Mais próximo das mínimas de janeiro de 2022 do que das máximas de novembro de 2021
- Três fatores bullish e três fatores bearish
- Molas bem contraídas
Uma das questões que confronta a classe de ativos de criptomoedas como um todo são as expectativas. Depois de ter subido de US$ 0,05 em 2010 para quase US$ 69.000 por token em meados de novembro de 2021, os participantes no mercado se acostumaram com as flutuações drásticas de preços e às sequências de vendas que proporcionaram oportunidades brilhantes de compra. A classe de ativos era dinâmica, criando oportunidades incríveis de lucros. Muitos participantes do mercado que se aventuraram em Bitcoin e Ethereum não tinham nenhuma conexão ideológica com o aspecto de meio libertário de troca. A sua ideologia era o lucro.
Quando o Bitcoin e o Ethereum encontraram seu fundo no dia 24 de janeiro de 2022, ambos os tokens digitais entraram em modo de hibernação. Os ideólogos do lucro abandonara a classe de ativos, procurando outras avenidas mais voláteis, que oferecessem um maior potencial de lucros. O Bitcoin e o Ethereum entraram numa hibernação da volatilidade, que persiste no início de maio de 2022.
Bitcoin e o ponto de pivô de US$ 40.000
Depois de anos de volatilidade dramática na arena das criptomoedas, a ação dos preços do Bitcoin e dos mais de 19.150 outros tokens se acalmou em 2022.
Fonte: Barchart
O gráfico mostra que a faixa do Bitcoin em 2021 foi de US$ 28.740,04 a US$ 68.906,48 por token, uma faixa de negociação de US$ 40.166,44. Nos primeiros quatro meses de 2022, a faixa oscilou entre US$ 33.076,69 e US$ 48.187,21, ou US$ 15.110,52. Embora a faixa de preços de 2022 para a maioria dos ativos tenha sido volátil, os participantes no mercado na arena das criptos começaram a esperar uma variação muito maior de preços do que a verificada até agora este ano.
No entanto, o Bitcoin tem realizado fundos mais altos elevados desde junho de 2021, no que é agora um padrão bearish para a cripto que continua a se consolidar em torno do ponto de pivô de US$ 40.000, o qual representa o ponto médio da faixa de negociações de 2022.
Ethereum está perto do nível de US$ 2.900
O Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo, também se acomodou numa faixa de negociação desde o final de 2021.
Fonte: Barchart
Em 2021, a faixa de preços do Ethereum foi de US$ 716,919 a US$ 4.865,426 por token, ou seja, de US$ 4.248,507. Nos primeiros quatro meses de 2022, ela ficou entre US$ 2.163,316 e US$ 3.888,805, ou total de US$ 1.725,489. Ao nível de US$ 2.761 do dia 1º de maio, o Ethereum estava US$ 240 abaixo do ponto médio de US$ 3.000, que é o seu nível de pivô ao longo dos últimos meses.
Ao mesmo tempo, assim como o Bitcoin, o Ethereum tem realizado mínimas mais altas desde junho de 2021.
Mais próximo das mínimas de janeiro de 2022 do que das máximas de novembro de 2021
A US$ 2.760 para o Ethereum e US$ 37.950 para o Bitcoin, os preços permanecem muito mais próximos das mínimas do dia 24 de janeiro de 2022 do que das máximas recordes do dia 10 de novembro de 2021. O Bitcoin, o Ethereum e diversas outras criptomoedas têm estado em hibernação em 2022, na comparação com a sua atividade em anos anteriores.
No dia 1º de maio, o valor de mercado da classe de ativos como um todo situou-se no nível de US$ 1,71 trilhão, muito abaixo do recorde de 2021. O único movimento de touro consistente na classe de ativos tem sido o crescimento do número de tokens que chegam ao mercado. No final de 2020, havia 8.153 tokens no ciberespaço, sendo que o ano passado terminou com 16.238 tokens, quase o dobro do patamar de um ano antes. No dia 1º de maio, havia 19.206 tokens, e no momento em que o Investing.com publicar este artigo, haverá mais.
Três fatores bullish e três fatores bearish
Há fatores bullish e bearish que puxam as criptomoedas para direções opostas em 2022.
Pelo lado dos touros:
- Os incríveis retornos ao longo da última década continuam a atrair investidores e traders que busca do próximo Bitcoin, que irá se valorizar de US$ 0,05 para quase US$ 69.000 na máxima.
- A queda da fé nas moedas fiduciárias aumenta a procura por alternativas, e as criptos estão preenchendo esse vazio. No ano de 2021, El Salvador transformou o Bitcoin em sua moeda nacional. Na semana passada, a República Centro-Africana adotou o Bitcoin como sua moeda oficial.
- Futuros, opções, ETFs, ETNs e empresas "pick-and-shovel" que se movimentam para cima ou para baixo com os valores das criptomoedas têm trazido a classe de ativos cada vez mais para o campo de ativos de investimento convencionais.
Pelo lado dos ursos:
- A custódia e a segurança continuam a ser fatores e obstáculos significativos para a classe de ativos, uma vez que o aumento da ação de hackers está fazendo com que os participantes no mercado percam participações.
- A correção das máximas de novembro de 2021 causou perdas para especuladores que compraram criptos tarde demais e as mantiveram em carteira por muito tempo. A ação de preços precisa de uma guinada bullish para que eles voltem à classe de ativos.
- Os governos continuam a ter ódio pelas criptomoedas, uma vez que elas ameaçam o seu controle sobre a oferta de moeda.
Estas forças magnéticas opostas geraram uma faixa de negociação mais estreita em 2022 do que em 2021.
Molas bem contraídas
Eu enxergo o padrão de mínimas cada vez mais altas no Bitcoin e no Ethereum como um sinal de que as duas moedas vão romper a estagnação de 2022. Embora o padrão técnico sugira um movimento substancial, ele pode ser para cima ou para baixo. Com isso dito, as probabilidades são favoráveis para o lado da alta, em função da queda da fé nas moedas fiduciárias e dos benefícios da tecnologia de blockchain, que está na base da a classe de ativos criptos.
Ao longo do fim de semana, durante o evento anual da Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) em Omaha, no Nebraska, Warren Buffett afirmou que nunca irá comprar Bitcoins, mesmo que ele esteja a US$ 25, já que ele “não produz nada de tangível". Ele também disse que não pagaria US$ 25 por todos os Bitcoins no mundo. O suporte para a classe de ativos de criptomoedas aumentou, mas os seus detratores não recuaram. No ano passado, o sócio do Sr. Buffett, Charlie Munger, chamou o Bitcoin de "repugnante e contrário aos interesses da civilização”.
Os padrões de negociação do Bitcoin, do Ethereum e de várias outras das mais de 19.200 criptomoedas estão criando molas bem contraídas que acabarão por disparar, para cima ou para baixo. A minha aposta continua a ser na alta, já que a revolução das fintechs é a evolução financeira.