Recentemente, uma pesquisa divulgada pela BNY Mellon Investment Management revelou um dado curioso. O material diz que o Brasil é o segundo país no qual as mulheres estão mais confiantes para investir suas economias. Para compor o levantamento, foram ouvidas mais de 8 mil mulheres de 15 países. O dado chama muito a atenção visto os cenários político e fiscal brasileiros.
Mesmo com o país em crise, me deixa otimista ver que muitas pessoas têm se preocupado com o futuro. Quando olhamos para a evolução do número de CPFs femininos na B3 (SA:B3SA3), houve um salto de 150 mil para 1 milhão em dez anos.
Para que este cenário não mude, o Brasil precisa oferecer condições. Sabemos que há ainda um longo caminho a ser percorrido no que diz respeito à ascensão feminina em cargos de liderança de empresas, governos e instituições.
Hoje, aparecemos entre os 20 países com a maior taxa de desemprego do mundo em um ranking com outros 100, de acordo com informações da Austin Rating, com relatórios do FMI.
Um levantamento do IBGE também mostra que 54% das mulheres com 15 anos ou mais integravam a força de trabalho no país em 2019, enquanto o percentual de homens era de 73%, uma diferença de quase 20 pontos percentuais.
Ainda segundo o instituto, na faixa etária entre 25 e 49 anos, a presença de crianças com até três anos de idade vivendo no domicílio se mostra como fator relevante para o não investimento. O nível de ocupação entre as mulheres que têm crianças dessa idade é de 54,6%, abaixo dos 67,2% daquelas que não têm.
Felizmente, existem diversas iniciativas no mercado que têm procurado reverter este cenário, tanto em relação ao trabalho como nas finanças.
Como eu disse mais acima, ainda há muito trabalho a ser feito. Para que cada vez mais mulheres consigam investir no futuro, é preciso que o país ofereça condições para isso.
E não me refiro apenas ao governo ou economia. A mudança deve começar dentro de casa, com o apoio das famílias.
Tanto mães quanto pais devem criar suas filhas para que elas se sintam capazes de trabalhar e equilibrar a vida pessoal e profissional, sem ter que abrir mão da maternidade.
É importante que as mulheres busquem esta rede de apoio e ensinem a importância disso, inclusive, para os meninos. É grande o número de homens que deixam de apoiar suas esposas para que elas não deixem de trabalhar quando se tornam mães.
Afinal de contas, a família é de todos e se houver o sentimento de empatia, todos ganham no final! Pensem nisso!