Nos últimos meses tem-se discutido muito se a inflação seria algo temporário. Analistas, economistas e entusiastas notaram que talvez não seja algo passageiro. A pandemia fez com que Bancos Centrais imprimissem uma quantidade de dinheiro nunca visto antes, algo que sem sombra de dúvidas afetará o poder de compras das pessoas no curto, médio e longo prazo.
Dados mensais de PMI, Índices de Preço ao Produtor, CPI, Vendas do Varejo e aumentos nos preços das commodities vêm dando respaldo à ideia de que a inflação não é não será “transitória” como tem dito o FED.
Não somente nos EUA, mas em todo mundo é notório um aumento significativo dos índices de inflação, seguido por relatórios de PMI que indicam, em muitos países, sobreaquecimento da economia. Com os avanços nas vacinações, as pessoas estão podendo sair mais e, com a quantidade de dinheiro que foi que injetado na economia, os níveis de gastos tendem a aumentar, trazendo mais demandas por bens e serviços. As commodities tiveram bastante aumento em todo mundo; milho, soja, trigo, paládio, minério de ferro e outros tiveram um aumento expressivo.
Com tanta liquidez e sabendo-se do comportamento humano frente à diminuição das restrições, será bem provável que os níveis de demanda aumentem bastante, com aquela regra de oferta e demanda transformando-se em algo mais empírico, tornando os preços mais altos e menos acessíveis, diminuindo o poder de compra e aumentando consideravelmente a inflação mundial. Então a fala de que os níveis inflacionários podem ser algo “transitório” podem começar a ser questionada com mais vigor e cair sobre terra.
Devemos estar atentos e preparados pois, de acordo com os dados quem vêm se apresentando semana a semana, mês a mês, a inflação é algo que veio para ficar e será consequência das políticas monetárias desse século.