Boa semana, mercado de câmbio!
Seguimos no desafio de antecipar os movimentos de altas e baixas neste mercado, que reage nos boatos e expectativas e nem tanto nos fatos, pois já precifica antes. Sem esquecer, é claro, da sempre válida máxima de que contra fluxo não há argumento. Seja de entrada ou saída de grana (quando o cenário político causa incertezas nos investidores), e na minha opinião não tem coisa pior para o câmbio do que a palavra incerteza. Mas, vamos aos fatos:
Semana com dados de inflação por aqui e PTAX de final de mês no dia 30.
No Brasil, hoje deve sair o relatório da PEC dos Combustíveis. A percepção de aumento de risco fiscal, em meio à ofensiva do governo no Congresso para turbinar programas de transferência de renda com recursos fora do teto de gastos, segue assombrando o investidor aqui no Brasil.
O dólar encerrou a semana passada cotado a R$ 5,2527 para venda. Com isso, o dólar fecha a semana em alta de 2,11%, emendando a quarta valorização semanal consecutiva. Em junho, a divisa já acumula avanço de dois dígitos (10,52%). As perdas no ano, que já chegaram a superar 17%, agora são de 5,80%. E rompeu mesmo o patamar de R$ 5,25.
De fatores contra o real temos a valorização global da moeda americana, devido ao tom mais duro do Federal Reserve (que vai continuar aumentando os juros, mesmo prejudicando o consumo e o emprego), e a perspectiva de perda de fôlego das commodities, além do temor de recessão global e o retorno do risco fiscal.
Na semana passada, nem as altas taxas de juros domésticas, que tendem a atrair capitais para operações de "carry trade", conseguiram segurar o dólar. Vamos ver agora nesta semana como será a percepção do mercado.
Para hoje, discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE.
Bons negócios a todos!!