Apesar de nova intervenção do Banco Central no mercado, o dólar fechou em alta de 1,09%, a R$ 5,6747 na venda. Os 905 milhões de dólares em moeda física não foram suficientes para ajudar o real.
A expectativa dos investidores é de que o Federal Reserve (Fed) anuncie a aceleração do ritmo de redução de suas compras mensais de títulos amanhã , uma vez que o mercado de trabalho dos EUA tem dado sinais contínuos de aperto e a inflação segue elevada, mostrando que está mais persistente do que as autoridades estimavam inicialmente.
O Fed também divulgará seu gráfico de pontos trimestral, que mostrará as projeções de seu comitê de definição de política monetária para os custos dos empréstimos. Há ampla expectativa de que as autoridades anteciparão suas estimativas para aumentos de juros no país, prevendo pelo menos duas altas para o ano que vem. Daí não tem jeito para o real. Será dólar para cima mesmo.
As incertezas fiscais domésticas, sinais de desaceleração econômica e a aproximação das eleições presidenciais de 2022 só ajudam ainda mais o cenário de depreciação do real.
Apesar de o Banco Central ter iniciado neste ano um intenso ciclo de aperto monetário não adianta ter uma Selic a 9,25% se o risco Brasil é alto; não vamos atrair capital estrangeiro neste cenário.
Para hoje olho na ata do Copom que sai às 8:00 horas.