A semana anterior acabou salva por algo que até recentemente, geraria apreensão aos investidores: um resultado positivo do Payroll nos EUA.
Isso era resultado do temor de que dados positivos dariam início ao Tapering, ou seja, a redução da compra e recompra de títulos por parte do Federal Reserve e a partir daí, viria a normalização de juros.
Tal cenário já passou, o Tapering já foi anunciado para o fim deste mês e resta agora aos investidores aguardar, portanto, o cenário de ‘notícia boa, notícia ruim’ não vale mais e o mercado pode voltar a focar com reações positivas a dados positivos e vice e versa.
Daí o salto dos mercados na sexta-feira com o Payroll fortemente acima das expectativas, demonstrando um crescimento robusto da atividade econômica nos EUA.
Localmente, a “dominância fiscal” do noticiário tem peso renovado, com o questionamento da ministra Rosa Weber sobre o orçamento secreto de emendas do governo e o possível recuo de diversos parlamentares na votação em segundo turno da PEC dos precatórios.
A ala política do governo claramente dá as cartas daqui em diante, com o enfraquecimento das pautas econômicas em ambas as casas, em especial as reformas administrativa e tributária.
Com isso, a busca por recursos para financiar um programa de renda, emendas parlamentares mais generosas e fundo eleitoral tende a ser o foco de agora em diante, que pode se traduzir como um recuo de Bolsonaro em termos de exposição.
O questionamento de Weber pode inclusive cair e o efeito da decisão pode se tornar nulo, ainda assim, agitou o congresso e todos os beneficiários da generosidade do governo recentemente.
Semana de IPCA para o Brasil a ser divulgado na quarta-feira (10/11) e a pressão de preços deve continuar em uma série de itens, em especial transportes, dada a insistência do petróleo acima de US$ 80 o barril e a volatilidade do câmbio.
A inflação também foco no exterior esta semana, com PPI e CPI nos EUA e China.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na expectativa com dados de inflação durante a semana.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, mesmo com dados de comércio exterior na China acima das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, após a ARAMCO decidir elevar o preço de venda da commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,94%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5424 / -1,08 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,017%
Dólar / Yen : ¥ 113,45 / 0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,074%
Dólar Fut. (1 m) : 5539,37 / -1,93 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 11,12 % aa (-0,58%)
DI - Janeiro 23: 12,04 % aa (-0,45%)
DI - Janeiro 25: 12,12 % aa (-0,41%)
DI - Janeiro 27: 12,09 % aa (-0,82%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3655% / 104.824 pontos
Dow Jones: 0,5639% / 36.328 pontos
Nasdaq: 0,1962% / 15.972 pontos
Nikkei: -0,35% / 29.507 pontos
Hang Seng: -0,43% / 24.764 pontos
ASX 200: -0,06% / 7.452 pontos
ABERTURA
DAX: -0,102% / 16038,06 pontos
CAC 40: 0,170% / 7052,75 pontos
FTSE: -0,105% / 7296,33 pontos
Ibov. Fut.: 1,25% / 105498,00 pontos
S&P Fut.: 0,09% / 4694,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,118% / 16351,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,61% / 103,37 ptos
Petróleo WTI: 1,46% / $82,41
Petróleo Brent: 1,23% / $83,66
Ouro: -0,19% / $1.817,05
Minério de Ferro: -0,71% / $94,43
Soja: 0,31% / $1.193,50
Milho: 0,27% / $553,25
Café: 0,39% / $205,05
Açúcar: 0,50% / $20,06