A semana dos Bancos Centrais promete e muito, dada a inflação que acomete o globo, na combinação de choque de oferta, problemas de energia e os programas de estímulos que ainda permanecem em voga, apesar da clara recuperação econômica em diversos países.
Os ministros das finanças do G7 se reúnem hoje e a pauta obviamente será o último assunto acima citado: a inflação, afinal, em poucos momentos da história recente, como mostram os números, observou-se um conjunto de preços globais tão pressionados como agora.
A inflação ao varejo nos EUA é a maior desde 1982 e ao atacado, a maior desde 1980, enquanto na Zona do Euro, ao atacado e varejo são os maiores já registrados desde a formação do Eurostat (1996) e a China experimenta a maior inflação ao atacado desde 1995, além do peso nos mercados emergentes.
Com isso, o trabalho dos Bancos Centrais que definem esta semana a última decisão de política monetária do ano estaria fácil, se não houvesse tanta resistência em se retirar a série de estímulos em voga em diversos países e blocos.
O Fed tradicionalmente toma sua decisão nesta quarta-feira, seguido do Banco da Inglaterra (BoE) e Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira e finalmente, o Banco do Japão (BoJ) na sexta-feira, completando a quadra da semana.
As duas maiores expectativas estão na elevação do Tapering por parte do Fed e da redução – esta mais difícil - dos programas de estímulos por parte do BCE, dada a forte resistência de Lagarde ao tema.
Mais do que o chairman do Fed, a presidente do BCE tem se tornado vocal defensora da manutenção dos estímulos ao melhor estímulo de moderna teoria monetária (MMT), mesmo com a maior inflação já registrada na história do bloco.
Já o Fed, apesar da resistência de Powell, a realidade se impôs de maneira mais contundente para formar maioria contra a manutenção dos estímulos e início do Tapering, já há duas reuniões atrás.
A grande dúvida é se haverá maior redução ainda a partir desta reunião e como estarão as projeções do Fed com os famosos dot-plots, para entendermos o quanto moveram os números dos membros desde então.
Apesar de nossa decisão na semana passada, não nos livramos tão cedo da polítca monetária,com a ata da última reunião do COPOM e relatório de inflação, após o sinal Hawkish do nosso BC e o desafio de um IPCA mais fraco.
Agenda hoje somente o Focus.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com decisões dos Bancos Centrais focando a atenção dos investidores globais.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, também na expectativa pelas decisões de política monetária.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção à prata.
O petróleo abre alta em Londres e Nova York, com o otimismo de que o impacto do Ômicron será limitado na demanda de combustível.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,35%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,6092 / 0,52 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,398%
USD/JPY : ¥ 113,68 / 0,220%
Libra / Dólar: US$ 1,32 / -0,226%
Dólar Fut. (1 m) : 5642,20 / 0,49 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 10,93 % aa (0,09%)
DI - Janeiro 23: 11,43 % aa (-1,68%)
DI - Janeiro 25: 10,43 % aa (-2,48%)
DI - Janeiro 27: 10,34 % aa (-2,45%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3803% / 107.758 pontos
Dow Jones: 0,6050% / 35.971 pontos
Nasdaq: 0,7297% / 15.631 pontos
Nikkei: 0,71% / 28.640 pontos
Hang Seng: -0,17% / 23.955 pontos
ASX 200: 0,35% / 7.379 pontos
ABERTURA
DAX: 0,856% / 15757,00 pontos
CAC 40: 0,196% / 7005,35 pontos
FTSE 100: -0,133% / 7282,07 pontos
Ibovespa Futuros.: 1,51% / 107884,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0,27% / 4723,75 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: 0,357% / 16388,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,26% / 97,15 ptos
Petróleo WTI: 0,21% / $71,84
Petróleo Brent: 0,19% / $75,27
Ouro: 0,11% / $1.785,11
Minério de Ferro: 3,88% / $105,00
Soja: -0,53% / $1.261,25
Milho: -0,59% / $585,00
Café: -3,18% / $232,70
Açúcar: 0,25% / $19,75