Bom dia e boa semana, turma do dólar!
A semana promete volatilidade extrema conforme novos nomes sejam anunciados para cargos políticos do próximo governo. O Ministério da Economia será divido em quatro: Fazenda, Planejamento, Indústria e Gestão. O Ministério da Infraestrutura será divido em dois: Transportes e uma Pasta para comandar Portos e Aeroportos. Entre as Pastas que serão recriadas estão Cidades, Esportes e Pesca. Serão divulgados nesta semana os ministros que ainda não sabemos os nomes.
Vamos contextualizar aqui o fechamento da semana passada para podermos analisar essa semana pré-Natal!
O dólar à vista terminou a semana cotado em R$ 5,2941. A política foi mais uma vez o vetor principal que moveu a taxa de câmbio: PEC (emperrada pela resistência do PT em ceder espaço ao Centrão no próximo governo), divulgações de nomes para compor pastas e ministérios, comprometimento ou não com o fiscal. Outro fator da semana passada que pesou no câmbio foi a decisão de taxa de juros nos EUA com uma postura mais dura do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). O cenário hawkish da política monetária global também influenciou e continuará a pesar na nossa taxa de câmbio.
Dados fracos da economia americana e da China endossaram a tese de o aperto monetário levará o mundo a uma era de baixo crescimento, ou até mesmo de recessão. Brasil estava muito bem posicionado para entrada de fluxos, mas agora com essa provável abertura para mais gastos e descomprometimento fiscal, provavelmente isso será contido, apesar de que nossa taxa de juros terá que subir e, pelo carry trade, mais capital especulativo entraria aqui. Mas aguardemos essas votações para ver se assim será.
Para essa semana o cenário político promete trazer bastante volatilidade para o câmbio. Hoje o mundo político aguarda o julgamento do orçamento secreto no Supremo Tribunal Federal (STF) para definir o teor da mudança constitucional pretendida pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Amanhã, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), marcou a votação da PEC da Transição na Câmara. Vamos ver onde tudo isso vai chegar, se é que vai chegar, a depender das “negociatas”. Triste para o Brasil, que vai ficar como uma conta fiscal enorme. E adivinhem quem vai pagar?
Minha sugestão é cautela na tomada de posições e realizações de lucros conforme ocorram mudanças de direções (a depender da sua posição vendida ou comprada) ainda que sejam rápidas. Podemos ver entrada de fluxo por aqui, assim como ocorreu sexta-feira passada, pela via comercial e até mesmo pelo mercado de ações.
Se a PEC da Transição, que autoriza uma expansão fiscal de ao menos R$ 168 bilhões por dois anos, não prosperar na Câmara e for descartada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) podemos ver o real beneficiado. Já se o orçamento secreto for declarado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) hoje, podemos ter reações diversas no câmbio.
Calendário de hoje teremos no Brasil o tradicional Boletim Focus. Agenda somente política.
Bons negócios para todos !!!