O dólar comercial encerrou a semana passada vendido a R$ 5,334. Tivemos uma correção da super alta da quinta feira com mercado realizando posições e de olho no adiamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição para esta semana agora. Aguenta coração! E vamos ter uma semana de mais volatilidade por aqui.
O coordenador de Orçamento da equipe de transição, ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT), disse que as negociações levarão em conta a responsabilidade fiscal. Assim o mercado (e o dólar) esperam!
No exterior a desaceleração da inflação ao consumidor nos Estados Unidos fez o dólar cair. Uma inflação menor aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) manter os juros da maior economia do planeta altos por menos tempo que o previsto. Seria bom para o real, mas a política não está deixando.
As análises me levam a crer que a manutenção de posições defensivas em dólar por trás da recessão global que se aproxima e potencialmente mais instabilidade no sentimento de risco ainda parece bastante razoável neste estágio. E com incertezas na política e sobre quem fará parte da equipe econômica, além do nome do novo ministro da fazenda, devem trazer bastante volatilidade ao câmbio. Vamos ter ainda muita influência da política na taxa de câmbio por aqui.
Para o caso do Brasil, o receio é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) reavalie o patamar da taxa básica de juros do país, a Selic, caso a inflação não caia como esperado. E a consequência de uma política de gastos expansionista ( parece que isso que o Lula fará) é quase sempre uma inflação mais alta no longo prazo. O excesso de gastos previsto pelo novo governo, está deixando o mercado financeiro preocupado com relação a como vai fechar esta conta e como ficará principalmente o teto de gastos. O relator da proposta do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI) disse que a proposta deve colocar o Auxílio Brasil de R$ 600 em posição que seja imune ao teto de gastos de forma permanente. Socorro!!!!
Para hoje o tradicional boletim focus e conheceremos o IBC-Br, que é a prévia do PIB e amanhã feriado nacional! Quinta-feira sairá desemprego e inflação do Brasil, índices que devem ser vistos de perto, pois o Banco Central se baseia nisso para fazer a taxa de juros. Produção industrial da Europa sai hoje também. Nos EUA amanhã inflação ao produtor!
A China segue abrindo e fechando cidades por conta do covid e divulgará bateria de dados esta noite. E amanhã reunião do G20. Hoje presidente dos EUA e da China se encontram para uma pré reunião antes da cúpula do G20.
Pois é, turma, muita coisa acontecendo no mundo, possível recessão e menor crescimento mundial e por aqui, é a política que segue assombrando o mercado até que tenhamos mais definições, que podem ou não ser bem vistas, de acordo com o comprometimento fiscal.
Ótima semana, muito lucros e segue o conselho: oremos pelo Brasil!