E uma nova semana se inicia no mercado de câmbio. O que pode acontecer com a nossa moeda? Na semana passada o dólar à vista fechou cotado a R$ R$ 5,2702.
Vamos aos fatos. Quarta-feira será o que o mercado chama de Super Quarta, quando durante o dia sairá a decisão de taxas de juros nos EUA e, após o fechamento do mercado, a nova ou a mesma Selic. Todas as atenções estarão voltadas para essas decisões. Se o Fed subir menos ou até nem subir a taxa de juros por lá, o real fica mais atrativo pelo movimento de carry trade (diferencial de juros). Já quanto à Selic, vamos acompanhar se o nosso Banco Central vai ceder a pressões do presidente e não subir, ou até reduzir os juros. O BCE elevou as taxas de juros, conforme prometido, em 50 pontos-base, na quinta-feira da semana passada, mantendo-se firme na sua luta contra a inflação e enfrentando pedidos de alguns investidores para adiar a política de aperto monetário até que a turbulência no setor bancário diminua.
O presidente Lula tem dito que pretende divulgar o novo arcabouço fiscal antes de sua viagem à China, mas também fará esforços para que isso já seja definido antes da Super Quarta, para dar argumentos para “forçar” o Banco Central a iniciar o movimento de redução de juros.
Isso tudo deve impactar aqui. Saindo o novo arcabouço fiscal, a expectativa é que o mercado se acalme. Afinal, é sempre melhor operar na certeza do que na incerteza para nossa moeda.
Só que nem tudo são flores. O exterior está “causando” muito na economia, e consequentemente na taxa de câmbio. A situação dos bancos nos EUA e a possível recessão estão fazendo os investidores buscarem proteção, ou seja, correndo para o dólar, e valorizando a moeda norte-americana.
E você, o que acha? Semana de dólar para cima ou para baixo? Opine aqui!
No calendário econômico para hoje, no Brasil temos o rotineiro boletim Focus, que sai todas as segundas, e o IBC-Br. Na Europa, a Balança Comercial de janeiro e o discurso de Christine Lagarde. Ótima semana, bons negócios para todos e muito lucro.