Semana inicia com provável liquidez reduzida e paralisação dos negócios na terça-feira, 12.
Uma certa acomodação no câmbio sexta feira foi aberta por surpresa positiva com o IPCA de setembro e o payroll abaixo do esperado nos EUA.
A aprovação da elevação do teto da dívida americana em quase meio trilhão de dólares até 3/12 pelo Senado, deu um fôlego importante para o mercado e o Fed. Seguir adiante com os planos de anunciar o tapering para novembro. Payroll consolidou as apostas.
IPCA, inflação oficial ficou em 1,16% em setembro e atingiu 10,25% em 12 meses. Foi a primeira vez em 5 anos que a taxa atingiu os dois dígitos e foi puxada principalmente pela subida de 6,47% da conta de energia elétrica. Quem sabe após esses dados a Selic sobe mais do que o 1 ponto pretendido.
Hoje em dia o câmbio reflete o passado de juros baixos, o presente de incertezas fiscais e o futuro de desaceleração econômica mundial e a falta de dinheiro fácil para os países emergentes.
Quando a retirada de estímulos das economias mundo a fora ocorrer e principalmente por parte do Fed nos EUA, será inevitável o fortalecimento do dólar. Para o Brasil isso vem em um momento nada bom. Chega em tempos de pré eleição e desafios fiscais.
Senado continua ignorando a reforma do IR e a PEC dos precatórios ficou para dia 19. E para o investidor o que sobra? Se proteger dos riscos. Portanto investidor aqui opera em modo vendido em Brasil, por não achar que vale a pena os riscos de permanecer aqui, principalmente com o tapering se aproximando. Na sexta-feira os dados de criação de vagas de trabalho nos EUA aumentaram bem menos do que o esperado em setembro, foram criados 194 mil postos de trabalho fora do setor agrícola enquanto as estimativas eram de abertura de 500 mil vagas. A taxa de desemprego recuou em setembro para 4,8% perante os 5,2% no mês de agosto. O Fed deverá ser muito cuidadoso com a retirada de estímulos da economia americana.
Muito provável que a taxa de câmbio ainda siga pressionada nos próximos dias, em meio ao andamento das pautas fiscais no Congresso, que trazem tentativas de exclusão de gastos da regra do teto, e também pelo cenário monetário internacional.