A paradeira no mercado já dura duas semanas. De forma geral, não há escalas sendo alongadas.
Algumas programações têm até diminuído nos últimos dias, mas também não há interesse de impedir que isso ocorra. A venda de carne é ruim e manter os estoques regulados é uma boa medida para as indústrias.
A essa falta de ímpeto dos compradores para intensificar as compras se somam as tentativas de negócios abaixo da referência, que muitas vezes ocorrem para testar o mercado. Em algumas regiões, há quem oferte preços até R$2,00/@ abaixo da referência.
De uma forma ou de outra isso acaba, em algumas praças, determinando um cenário baixista, que embora não seja a realidade de todo o país, tem sido mais frequente do que as altas de preços.
A oferta de matéria-prima, que por enquanto é restrita, é o que limita um pouco a ação baixista do fraco escoamento de carne sobre os preços da arroba.
A carne voltou a cair, tanto no atacado com osso quanto sem osso. Neste ano ainda não há registro de preços do produto sendo reajustados para cima.
A crise, as despesas de início de ano e a falta de pagamento de salários de parte dos funcionários públicos impedem uma melhora nas vendas.
Baixa venda de carne não dá incentivos para que as indústrias alonguem as programações de abate
Assim como na semana anterior, a segunda semana do ano foi marcada por uma baixa movimentação no mercado do boi gordo. O lento escoamento da carne bovina e a oferta limitada de animais terminados para o abate mantém o mercado com preços estáveis.
Por Alex Santos Lopes da Silva (Scot Consultoria)