MERCADO INTERNACIONAL - OURO
Após maior cautela do mercado, com ouro cotado por volta de US$1202, a onça ganha 8 dólares de valorização com o fim do discurso inicial de Trump, cotada a US$1210 novamente, registrando alta de 0,66%.
Mas o que fez a onça registrar sua quarta semana seguida de alta?
Fato por fatos, a transição do poder de Obama para Trump foi extremamente pacifica, com todo cerimonial já existente na democracia americana, no entanto, por mais que o discurso de Trump tenha sido focado na unificação dos americanos com americanos, usando a sua frase “Make America Great Again”, as suas posições radicais tem trazido a população um sentimento de polarização.
Portanto, o país esta extremamente dividido em assuntos como: imigração, politicas comerciais e tarifárias, ou seja, o discurso popular de Trump, da forma como é constituído trouxe grande rejeição inicial ao presidente, deixando o povo americano dividido entre polarizações.
Toda esta conjuntura afeta a perspectiva de real capacidade de realização das medidas que Trump quer colocar em prática. Neste momento, deveremos ficar atento justamente a forma com que os políticos, que representam o poder de voto da população, vão lidar com as medidas propostas pelo presidente.
De fato, a economia americana esta em um ritmo perfeito para o presidente que vai entrar, estando todos instrumentos a disposição, para que ele passe a ser, futuramente, um dos políticos mais populares dos EUA. Por outro lado, a forma como ele quer conduzir suas estratégias, talvez represente o modelo errado para melhora econômica do país, ou seja, adoecer novamente quem já estava quase curado.
Na prática, podemos ver pelo ouro, que a demanda vem aumentando lá fora, o mercado vem se posicionando, ao menos, parte em ouro, esperando que o cenário a frente fique mais previsível.
Já no mercado interno, grama do ouro se desvalorizou 0,40%, considerando que a valorização da onça foi inferior a desvalorização do dólar.
MERCADO NACIONAL - OURO
BMF&BOVESPA – R$123,00 (Fechamento 20/01 -0,40%)
Obs: para quem não sabe ou não se lembra, para chegarmos ao valor do grama em Reais, devemos dividir o valor da onça por 31,1035 (US$1210/31,1035 = US$38,90) para chegarmos ao valor do grama em dólares, em seguida multiplicar pelo dólar comercial (US$38,90 x R$3,18 = R$123,70) chegando ao valor do grama em Reais referenciado na cotação internacional.
Portanto, a bolsa brasileira (BMFBOVESPA – Ativo: OZ1D = Ouro), fechou a R$123,00, um pouco mais desvalorizado do que a cotação internacional, o que é comum ocorrer devido a baixa liquidez do ativo aqui.
DÓLAR
Novamente, sem novidades no discurso patriótico e populista de Trump, dólar fechou a R$3,18 com desvalorização de 0,70%, fazendo com que o dólar no ano de 2017 já tenha caído 2,15%.
As perspectivas para Trump seguem sendo de maiores gastos públicos e incentivos fiscais para turbinar o ambiente economico interno no país para os americanos, no entanto, as suas ultimas falas tem sido de unificação em torno do objetivo de transformar a america em algo grandioso novamente, deixando o foco mais para questões politicas polêmicas do que para as questões economicas.
Logo, como ainda não há projeções de números para a prática das medidas de Trump, fica difícil o mercado assumir a posição de nitida valorização a frente, tanto que, o mercado vem flutuando próximo de R$3,20 a dias.
Enquanto isso, no cenário interno, a morte de Teori dificulta novidades nos processos da Lava-Jato, diminuindo a tensão nos números do mercado com novas prisões. Além disso, temos a situação, com o perdão da palavra, cômica, de ver próprios citados pela Lava-Jato escolherem o substituto de Teori, relator dos processos.
Neste cenário tanto a bolsa aqui dentro, quanto as bolsas americanas, fecham em alta, sem grandes novidades no âmbito político.
Para o dia 23 de janeiro, o que teremos de mais relevante é o discurso de Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), tendo mais indicadores ao longo da semana, que será curta para bolsa brasileira, com o feriado em São Paulo na quarta-feira (25/01).