O escoamento da carne não vai bem, aliás nem a virada de mês foi suficiente para sustentar a arroba do boi gordo até agora.
Por outro lado, a oferta não está abundante e também há resistência por parte dos pecuaristas em entregar as boiadas com preços abaixo da referência.
Diante desse cenário todo o mercado ficou sem viés definido, nesta terça-feira (6/3).
Em algumas praças a oferta restrita fala um pouco mais alto e as indústrias são obrigadas a ofertar preços acima da referência, como consequência as cotações se elevam.
Já em outras praças, quem dita o rumo das cotações é o lento escoamento, e nesse caso as indústrias ofertam preços abaixo da referência, puxando as cotações da arroba do boi gordo para baixo.
Para o curto prazo fica a expectativa de como a demanda irá se comportar. Se não houver uma reação no consumo, não há como a arroba do boi gordo ganhar firmeza.
De olho nos preços do milho
Se os trabalhos no campo de fato avançarem (aumento da oferta interna com a colheita da safra de verão e maiores informações sobre a segunda safra) existe espaço para que as cotações recuem no mercado brasileiro a partir de meados de março, considerando os estoques de passagem elevados. De qualquer forma, a atenção ao clima e ao desenrolar da safra de verão e plantio da safra de inverno continua.
Por Breno de Lima e Rafael Ribeiro (Scot Consultoria)