🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Selic a 10,75 Por Cento: Como Ficam os seus Investimentos em Renda Fixa?

Publicado 03.02.2022, 16:05
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou na quarta-feira, 2, o que era esperado pela maior parte do mercado financeiro: um aumento de 1,5 ponto percentual na Selic. Com o reajuste, a taxa básica de juros brasileira passou de +9,25 por cento para +10,75 por cento ao ano — de volta ao patamar de dois dígitos pela primeira vez em quatro anos e meio.‌

Entenda o comunicado do Copom

Após mais uma importante reunião do Copom, o primeiro comunicado deste ano veio em linha com o último, exceto em relação ao próximo plano de voo.

Na ocasião, o Banco Central considerou "apropriado" que o ciclo de aperto monetário (alta de juros) avance significativamente em território contracionista.‌

‌‌‌“Em relação aos seus próximos passos, o Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros”, afirmou o Copom.

É provável que o Copom tenha sinalizado que não vai continuar com a estratégia de elevar a Selic em 150 pontos-base (bps) para as próximas reuniões — como tem feito — para conter a inflação. Ele deverá ajustar em um ritmo menor, entre 100 bps e 125 bps. O mercado financeiro aposta em uma alta de 110 bps — no meio do caminho.

Outro parágrafo diz que “essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante”, afirmou. ‌

‌‌‌No nosso entendimento, o Comitê reconheceu que vem aumentando a Selic há muito tempo, mas que uma hora seus esforços teriam impacto sobre as projeções de inflação. Nesse sentido, o BC avaliou que o ciclo de alta dos juros parece estar próximo do fim e, por isso, pretende começar a reduzir o ritmo de altas.‌

Em busca da meta para inflação em 2023

‌‌‌Ao elevar a Selic, o Banco Central está direcionando seus esforços para ancorar as expectativas para a inflação em 2023. De acordo com projeções do BC, a inflação para o próximo ano está em 3,20 por cento — abaixo do centro da meta de 3,25 por cento.

Neste cenário, o BC menciona que, por conta da desancoragem fiscal, podemos ter um balanço de risco assimétrico negativamente. Já imaginando que a projeção pode ser maior por conta disso.

A última edição do Boletim Focus mostrou uma expectativa do mercado financeiro de Selic a 3,50 por cento. Portanto, diferente do estimado pelo Copom.

Como ficam os investimentos

Em meio à escalada da Selic, os títulos pós-fixados, que são atrelados ao rendimento do CDI e da Selic, agora passam a render juros de dois dígitos (+10,75 por cento a.a).

No caso dos títulos prefixados ou indexados à inflação, o mercado já havia precificado essa alta de 150 basis points. Por isso, não houve alteração em termos de taxa.

Para os investidores de longo prazo, recomendo ter em vista que a Selic pode continuar subindo no futuro, avançando para patamares ainda mais elevados em +12,25 por cento – ou mais – nas próximas duas reuniões.

Pela lógica, com juros subindo, os pós-fixados vão continuar rendendo cada vez mais.

E se a Selic voltar a cair

‌‌‌Por outro lado, a curva de mercado está precificando que, ao longo deste ano e do próximo, a taxa básica de juros da economia pode cair rapidamente. Será mesmo? 

‌‌‌Com base em indicadores macroeconômicos (IPCA e IPCA-15) e olhando para os núcleos de inflação (que seguem pressionados), entendemos que é pouco provável ocorrer uma queda da Selic no curto prazo; ainda mais levando em consideração os efeitos da alta de juros americana na economia brasileira — colocando em risco juros mais longos.

Portanto, preferimos a exposição em títulos pós-fixados, que podem continuar rendendo mais, do que apostar nos títulos prefixados ou indexados à inflação, que representam um risco maior para o investidor porque não sabemos para onde pode ir o ciclo de Selic.

 

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.