Ontem, o mercado viu a taxa de câmbio do dólar romper R$ 5,40 algumas vezes no decorrer do pregão. E os motivos são mais do mesmo. Por aqui, a PEC e receio fiscal. No exterior, a provável recessão e aumento de juros nos EUA. E com cenário de temores o que acontece é a conhecida corrida ao dólar, ativo de proteção. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,3892 para venda.
Hoje, o que deve ditar o rumo da taxa de câmbio na parte da manhã será a expectativa e, na parte da tarde, a realidade da ata da última reunião de política monetária do Fed. Provavelmente veremos nesta ata menção ao temor de recessão e a desaceleração do crescimento econômico. E ficaremos atentos ao que dirão com relação a continuar os aumentos de juros, a que ritmo e até quando, numa tentativa de conter a inflação.
E, já para ficar preparado, na sexta, teremos payroll (relatório mensal de empregos nos Estados Unidos fora do setor agrícola).
Lá fora, o índice do dólar ontem disparou a novas máximas em 20 anos, e o euro despencou aproximando-se de 1,02 na paridade com o dólar. As preocupações foram exacerbadas pelo aumento dos preços do gás natural e por dados que mostraram forte desaceleração no crescimento da atividade econômica no setor privado na zona do euro em junho.
E, por aqui, acabou a greve dos servidores do Banco Central e poderemos voltar a ter índices divulgados nas datas corretas.
Dados para você investidor acompanhar hoje: nos EUA, PMI de junho, discurso de Williams, membro do Fomc e, o mais importante, às 15 horas (horário de Brasília) a ata da última reunião de política monetária americana. Por aqui, fluxo cambial estrangeiro.
Boa sorte, pessoal.