A Saraiva (SA:SLED4) está tendo que lidar com uma nova pressão em seu plano de recuperação judicial. Sem um acordo definitivo com seus credores, a rede de livrarias anunciou que vai apresentar uma versão mais atualizada do plano de recuperação judicial com dívida de 271,5 milhões de reais.
Os dois maiores credores da Saraiva são o Banco do Brasil (SA:BBAS3)) e o Itaú Unibanco (SA:ITUB4). A empresa levará o plano à votação em assembleia de credores prevista para a quarta-feira, 16, a partir das 14h, segundo a RV3 Consultores, administradora judicial do caso.
Alta após rumores
Na semana passada, enquanto não é votado um aditivo ao plano de recuperação judicial, os papéis da Saraiva negociados na bolsa brasileira “magicamente” registraram alta de +76 por cento, entre os dias 2 e 3 de fevereiro.
No nosso entendimento, a valorização das ações ocorreu devido a movimentos especulativos do mercado de que a companhia estaria em vias de negociação com credores — o que não foi confirmado pela companhia.
É difícil imaginar que a empresa conseguirá se salvar dessa situação calamitosa de dívida. A rede não consegue negociar com credores e não conseguiu vender seus ativos (as lojas e o site). A recente alta nas ações foi motivada principalmente por ruídos e possibilidades que não se provaram. Num cenário de incerteza no campo jurídico, recomendamos que você fique de fora de SLED3 (SA:SLED3).
Prazo para “salvar” a livraria
Na prática, a Saraiva tem até o dia 21 de fevereiro para encerrar essa discussão em assembleia — prazo que a lei estabelece. Se não for aprovado, o processo volta ao juiz Paulo de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências de São Paulo, que precisa se posicionar a respeito, segundo apurou o Valor.