SOJA: Colheita avança, mas preço se mantém firme
As cotações internas da soja em grão seguem firmes, apesar do avanço da colheita e da forte desvalorização do farelo de soja. Porém, há divergência entre os preços ofertados e pedidos. Enquanto vendedores limitam as vendas, apoiados na valorização do dólar frente ao Real e na comercialização antecipada de mais da metade da produção, compradores estão de olho na grande oferta que o Brasil deve ter nesta temporada e propõem valores menores.
Ao mesmo tempo, os preços atuais e a taxa cambial têm incentivado sojicultores a fixar preços já para a safra 2016/17, principalmente para março do ano que vem. No campo, a expectativa é de safra volumosa e com qualidade melhor que a esperada incialmente
MILHO: Área da segunda safra pode crescer
Os preços do milho seguem firmes no mercado interno, principalmente em regiões deficitárias, como nas paulistas, onde a disputa pelo grão está acirrada. A colheita do milho verão ganha ritmo, mas ainda não é suficiente para enfraquecer as cotações.
Com preços elevados e demanda aquecida, o cenário atual é bastante favorável aos produtores e pode resultar em crescimento na área com milho de segunda safra.
Com isso, a depender das condições climáticas e dos seus impactos na produtividade, não será surpreendente se a produção desta temporada superar o recorde da safra anterior
MANDIOCA: Indústrias têm dificuldades em se abastecer
A oferta de raiz de mandioca esteve maior na semana passada, mas ainda não em volume suficiente para atender toda a demanda. Com isso, algumas empresas chegaram a ficar paradas na semana passada, elevando a ociosidade média da indústria.
Nesse cenário, entre 15 e 19 de fevereiro, o valor médio a prazo para a tonelada de mandioca posta farinheira foi de R$ 236,42 (R$ 0,4112 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 3,3% frente à média anterior. Em quatro semanas, a valorização é de 8,6%.
Considerando-se o cenário desfavorável dos dois últimos anos e com expectativa de melhora nos preços – especialmente no segundo semestre –, parte dos agricultores tem postergado a colheita. Essa menor oferta ocorre em um momento em que as indústrias, principalmente de fécula, têm interesse em formar estoques.