Passada uma semana com sinalizações relevantes entre os indicadores econômicos, principalmente no Brasil e nos EUA, o foco se volta à decisão do COPOM e os efeitos da reforma previdenciária.
O consenso de um corte de 100 bp se baseia tanto em indicadores deprimidos de atividade econômica, com a qual a reação o governo aguarda ansiosamente, como na inflação intranúcleo com comportamento de descompressão raramente alinhado no Brasil.
A revisão no relatório de inflação do BC (RTI) das projeções de inflação suscitaram calls de cortes mais profundos nos juros, porém a incerteza quanto à aprovação das reformas até agora propostas impõem um limite nos juros estruturais, que por sua vez evitam cortes mais profundos na Selic no curto prazo.
Para muitos, as dúvidas quanto à aprovação das reformas é mero detalhe, o temor é na qualidade daquilo aprovado, onde as concessões já geraram desgosto na equipe econômica, ao ponto de se revisar a meta fiscal do próximo ano.
CENÁRIO POLÍTICO
O ataque americano à Síria obviamente eleva a tensão geopolítica, porém ao mesmo tempo, muito se desconfia pelas características do evento, o que soa até como algo “combinado” entre os países para se afastar a noção de uma ajuda russa na eleição de Trump, dizem os teóricos conspiratórios.
No Brasil, o governo se desdobra ao máximo para garantir a votação suficiente para a reforma da previdência, principalmente ao enfrentar o dissabor da equipe econômica com as alterações do projeto original e agora Temer joga a carta da oposição, ao indicar que os contrários à reforma serão considerados contrários ao governo em si.
O texto final da reforma deve se concluir amanhã, incluindo inclusive a alta do salário mínimo, a qual engrossa ainda mais a projeção de gastos do INSS. Tempos difíceis ao governo.
CENÁRIO DE MERCADO
O risco geopolítico continua no foco dos investidores e apesar do fechamento majoritariamente na Ásia, o Nikkei fechou positivo. Na Europa a abertura é negativa, enquanto os futuros em NY operam positivos, porém próximos à estabilidade.
O dólar abre a semana praticamente estável frente à maioria das divisas, o que deixa sem rumo o rendimento dos US Treasuries em todos os vencimentos observados.
Com a tensão ainda em alta, o petróleo abre em leve alta tanto em NY, quanto em Londres, porém esta mesma alta não é sentida em outras commodities, em especial as metálicas, com expressiva queda no minério de ferro em portos chineses e queda no ouro, prata e platina.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1464 / 0,10 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,151%
Dólar / Yen : ¥ 111,31 / 0,198%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,243%
Dólar Fut. (1 m) : 3166,06 / 0,35 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,77 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,51 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 21: 9,93 % aa (-0,70%)
DI - Janeiro 25: 10,27 % aa (-0,68%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,58% / 64.593 pontos
Dow Jones: -0,03% / 20.656 pontos
Nasdaq: -0,02% / 5.878 pontos
Nikkei: 0,71% / 18.798 pontos
Hang Seng: -0,02% / 24.262 pontos
ASX 200: 0,86% / 5.913 pontos
ABERTURA
DAX: -0,191% / 12201,70 pontos
CAC 40: -0,540% / 5107,57 pontos
FTSE: -0,159% / 7337,65 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64507,00 pontos
S&P Fut.: -0,081% / 2350,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,046% / 5423,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,16% / 85,74 ptos
Petróleo WTI: 0,80% / $52,66
Petróleo Brent:0,89% / $55,73
Ouro: -0,26% / $1.251,23
Aço: -2,50% / $74,99
Soja: 0,17% / $18,06
Milho: -0,07% / $359,50
Café: -0,43% / $139,80
Açúcar: -0,60% / $16,68