Ontem, o dólar teve baixa de 1,47% e fechou cotado a R$ 4,9435. A força das commodities e juro aqui direcionaram o câmbio. Também muita desmontagem de posições cambiais no mercado futuro.
Com a guerra na Ucrânia ainda sem sinal de cessar-fogo, os investidores se preparam para uma semana recheada de divulgações domésticas e discursos de autoridades do Fed.
Hoje, por aqui sairá, a ata da última reunião do Copom (8 horas) e vamos ver qual a ideia para o ciclo de aperto da política monetária brasileira. Nosso diferencial de juros está muito interessante e atraindo um fluxo de capital bastante significativo, que deve continuar.
A moeda brasileira ostenta com folga o melhor desempenho global diante do patamar elevado dos juros domésticos e da disparada dos preços das commodities.
O discurso de Powell não balançou nossa moeda e apesar de Powell afirmar que, se a alta dos preços exigir, o Fed vai subir os juros em 0,5 ponto percentual, o dobro da dose de aperto de 0,25 ponto adotada na semana passada, quando os custos dos empréstimos básicos dos EUA foram elevados pela primeira vez em três anos, o real ganhou valor no pregão de ontem.
A alta dos juros nos EUA é vista como possível fator de impulso para o dólar, já que juros mais altos nos EUA elevariam a atratividade de se investir na segura dívida norte-americana, intensificando o direcionamento de recursos para lá. Mas com uma taxa tão mais alta aqui e previsão de mais altas não dá para competir com o Brasil no quesito juro.
Vamos ver a opinião de Christine Lagarde as 10:15 sobre inflação na zona do euro e se sinaliza alguma postura para o juro por lá.
Durante o dia veremos alguns discursos de dirigentes do Fed. que devem vir na mesma direção da fala de Powell ontem.
Bons negócios a todos.