O dólar subiu ontem, acompanhando a ascensão da divisa norte-americana no exterior em meio a salto nos rendimentos dos títulos do governo dos Estados Unidos. Mercado teve a percepção de que o banco central norte-americano, o Federal Reserve, será mais duro no combate à inflação ao longo de 2022.
É bem provável que na reunião de semana que vem, dia 26, o Fed reforce os planos de agir logo (março).
Juros mais altos nos EUA tendem a tornar a renda fixa de mercados emergentes, com maior rendimento, porém mais arriscada, ou seja, menos atraente para investidores estrangeiros.
Por aqui a greve de servidores deixou mercado “de olho” nos acontecimentos do dia. Caso as reivindicações dos servidores sejam atendidas pelo governo, a delicada situação fiscal poderá se deteriorar. Com R$9 bilhões subestimados em despesas, a tarefa de atender à regra do teto de gastos em 2022 se tornará ainda mais desafiadora caso mais categorias sejam contempladas pela medida.
O presidente tem até sexta-feira (21) para decidir sobre a sanção do projeto de Orçamento de 2022. O texto, segundo cálculos da equipe econômica, subestima gastos com pessoal e despesas de ministérios. Por isso, além de não haver espaço para novos reajustes, o Palácio do Planalto avalia fazer um veto de até 9 bilhões de reais para fechar as contas.
O dólar à vista fechou em alta de 0,61%, a R$ 5,5608.
Hoje por aqui sairá o fluxo cambial brasileiro. Amanhã na Europa IPC anual de dezembro e o banco central europeu publicará a ata da reunião de política monetária. Nos EUA pedidos de seguro-desemprego e índice de atividade industrial.
Bons negócios.