Por Pedro Gonçalves e Rodrigo de Mundo
O mercado futuro ganhou firmeza na última semana, com preços futuros positivos para os próximos meses, e isso trouxe um mercado físico menos frouxo. Preços com uma pequena retomada e firmes na estabilidade.
Prognóstico de precipitação para o final de março
Região Norte
A previsão para o terço final de março indica a continuidade dos altos volumes de chuva. Todos os estados devem apresentar acumulados expressivos, com destaque para o Tocantins, que vinha registrando níveis de precipitação inferiores aos demais, contudo, no final de março e início de abril, espera-se um aumento significativo nas chuvas, beneficiando também áreas do Matopiba.
As maiores precipitações serão observadas no norte do Pará, no oeste do Amazonas e no Amapá, com risco de temporais em pontos isolados.
Região Nordeste
As chuvas continuarão irregulares e distribuídas de forma desigual. Os maiores acumulados são esperados na faixa entre o Maranhão e o Rio Grande do Norte, embora em volumes inferiores aos da semana anterior. Nos demais estados, são esperadas chuvas em volumes reduzidos, mas ainda presentes.
Com a proximidade do fim do mês, a tendência é de diminuição das chuvas em toda a região, exceto na Bahia, onde a precipitação deve retornar, porém em volumes baixos.
Região Centro-Oeste
Os volumes de chuva devem permanecer moderados, porém, com a aproximação do final do mês, algumas áreas podem registrar redução na precipitação. Ainda assim, os acumulados serão superiores aos observados no início de março, com destaque para o Mato Grosso, que deve concentrar os maiores volumes, seguido por Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
A maior parte da região deve registrar índices próximos da média histórica, com algumas áreas ficando abaixo desse patamar.
Região Sudeste
A distribuição das chuvas segue irregular, mas há tendência de maior uniformidade entre os estados à medida que março avança. Nos últimos 10 dias do mês, áreas com precipitação abaixo da média devem registrar volumes mais próximos do esperado historicamente.
As chuvas, que atualmente se concentram no sul de Minas Gerais, devem perder intensidade nessa região e alcançar outras partes do estado. Espírito Santo e Rio de Janeiro terão acumulados expressivos até o final de março, enquanto São Paulo tende a registrar uma redução nas precipitações, ficando abaixo da média histórica.
Região Sul
No Sul, os volumes de chuva seguem abaixo dos registrados nos últimos anos, mas a tendência é de normalização e distribuição mais uniforme entre os estados à medida que o mês se aproxima do fim.
La Niña
O mês de março foi marcado pela transição do fenômeno La Niña para a neutralidade, com o oceano Pacífico na faixa equatorial retornando a temperaturas neutras.
Essa mudança pode trazer alterações significativas nos volumes de chuvas no Brasil. A La Niña é caracterizada pelo esfriamento das águas do Pacífico, o que altera o padrão de precipitação no Brasil, como observado no primeiro trimestre do ano, houve chuvas mais intensas no Norte e Nordeste do país, enquanto o Sul e Sudeste enfrentaram volumes pluviométricos abaixo da média.
Com o fim do fenômeno, o oceano Pacífico entra em um estágio de neutralidade, o que tende a restabelecer o padrão histórico de chuvas no país. Isso implica uma perspectiva de menores anomalias climáticas nos próximos meses. No entanto, é importante destacar que o término da La Niña não significa necessariamente o retorno de grandes volumes de chuvas.