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Hoje (31) o USDA divulgou o relatório de colheita nos EUA, para o milho o avanço chegou a 91%, contra 87% na semana passada, em 2011 esse número era de 74% contra 60% na média, a colheita praticamente finalizada a expectativa fica para o relatório do USDA que será divulgado no dia 09 de novembro, já os prêmios para o milho brasileiro começam a se aproximar de valores positivo o que de certa forma deve puxar ainda mais os preços do cereal, a cadeia produtiva volta às atenções para os estoques domésticos já que as exportações ainda estão em ritmo acelerado e o mês de outubro deve registrar uma nova marca histórica em termos de volume exportado em um único mês.
Pra que haja racionamento no consumo os preços devem se manter elevados, no entanto preços elevados podem inviabilizar a produção de aves e suínos, o equilíbrio nos preços é fundamental para o mercado, pois com um possível abandono de atividades na criação de aves e suínos poderia gerar um excesso de oferta no mercado doméstico.
O mercado de trigo tem ajudado a puxar os preços do milho já que os dois cereais concorrem diretamente na fabricação de ração animal, os maiores produtores e exportadores têm enfrentado sérios problemas com secas, a Ucrânia deve suspender as exportações de trigo a partir do dia 15 de novembro, a Rússia teve uma forte redução em sua produtividade também em função da seca e não esta descartada uma interrupção em suas exportações, à Austrália o segundo maior exportador do mundo esta mostrando menor nível de proteínas e fracas produtividades o que deve direcionar a demanda para o trigo de primavera nos Estados Unidos, a Argentina principal fornecedor de trigo para o Brasil também deve contabilizar perdas em sua produção por excesso de chuvas e comprometer também a qualidade.
Para a soja a colheita chegou em 87% contra 80% na semana passada, 85% no ano passado e 78% média, a oleaginosa vive um momento onde o fator climático na América do Sul é que vai determinar os rumos das cotações, amanhã (01) de novembro o USDA divulga os números de exportações dos EUA da última semana, as inspeções apontam para números superiores a 1,72 mi/ton.
O mercado americano é a única fonte de soja neste momento, o que temos observado é que nos atuais patamares de preços a demanda continua forte e não há sinais de racionamento. Se as adversidades climáticas continuarem no Centro Oeste Brasileiro não esta descartada novas altas nas cotações da soja. Os investidores também estão ansiosos, já que nesta quarta feira a China divulga seu PMI – índice oficial do setor industrial e na sexta feira o EUA divulga o relatório oficial de emprego. Informações positivas para o mercado pode trazer os investidores também para as commodities agrícolas.
Bons Negócios
Márcio Genciano