- Os resultados serão divulgados na quarta-feira, 30 de novembro, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$ 4,24 B;
- Lucro por ação: US$ 0,67.
A gigante do setor de processamento de pagamentos PayPal (NASDAQ:PYPL) é uma das poucas ações no ambiente digital neste ano que ainda desfrutam da nossa confiança. E esse otimismo está respaldado em uma sólida trajetória de crescimento e algumas ações estratégicas que a gerência tomou para destacar a companhia do resto da multidão.
Contra os temores generalizados de que a PayPal veria uma drástica redução nos volumes de processamento de pagamentos depois da sua separação do eBay (NASDAQ:EBAY), em 2015, a plataforma encontrou uma forma de não só prosperar, mas também agregar novas formas de aumentar a receita.
A PayPal possui capitalização de mercado de quase US$ 107 bilhões, 100 vezes o que a empresa valia quando foi adquirida pelo eBay em 2002. Além disso, o número de usuários cresceu de 15 milhões para quase 250 milhões. Mas enfrentou dificuldades na China, onde a WeChat domina os pagamentos; no resto do mundo, a companhia processa nada mais, nada menos que 30% de todas as transações do comércio eletrônico, de acordo com algumas estimativas.
No último trimestre, a PayPal registrou sólidos resultados trimestrais, com um robusto crescimento de 21% em vendas depois de ajustá-lo para gastos não recorrentes e um salto de 17% no lucro por ação, além de melhorar o prognóstico para o resto do ano.
Em seu balanço para o quarto trimestre, marcado para o fim de janeiro, os analistas esperam um lucro de US$ 0,67 por ação, um ganho de 22% em relação ao mesmo período do ano passado em vendas de US$ 4,24 bilhões.
Forte crescimento em aquisições inteligentes
Ao longo dos últimos anos, como parte da sua iniciativa de conquistar uma parcela maior da competitiva indústria de processamento de pagamentos, a PayPal realizou diversas aquisições inteligentes. Essas ações estão agora impulsionando o crescimento e posicionando a companhia para defender sua posição de liderança.
Em uma economia global na qual os consumidores gastaram quase US$ 3 trilhões on-line, a PayPal adquiriu uma variedade de ferramentas que facilitam essas transações. A empresa é proprietária do Venmo, aplicativo social de pagamentos, e Xoom, um serviço digital de transferência de dinheiro usado para enviar recursos ao exterior.
Mas esse enorme mercado dos pagamentos digitais também está atraindo algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, como Apple (NASDAQ:AAPL), Amazon (NASDAQ:AMZN), Facebook (NASDAQ:FB) e Google (NASDAQ:GOOGL). Entretanto, em vez de competir por preço contra esses gigantes, a PayPal adotou uma estratégia mais conciliatória. Ao invés de bater de frente com todos os recém-chegados, a companhia está firmando parcerias com algumas empresas de tecnologia, na tentativa de ter acesso a instituições financeiras que enfrentam dificuldades para fazer a mudança para serviços financeiros on-line por si sós.
Os papéis da PayPal, que fecharam o pregão de ontem a US$ 91,60, depois de subirem cerca de 14% nos últimos 12 meses e 112% nos últimos dois anos, estão em posição muito melhor para resistir a uma crise econômica do que as ações concorrentes. A razão para preferirmos a PayPal às outras ações de crescimento altamente cíclicas é simples: uma possível desaceleração econômica ou mesmo uma recessão generalizada não impedirá que os consumidores adotem formas mais convenientes de realizar suas transações financeiras. E vemos a PayPal em melhores condições de aproveitar essa tendência.
Resumo
Acreditamos que os resultados da PayPal para o 4T mostrarão um crescimento significativo no volume total, graças a aquisições e novas parcerias. Dessa forma, suas ações estão no caminho certo para outro ano forte.