É comum receber dúvidas de investidores em relação a fontes de renda passiva no mercado financeiro. Você, que me acompanha por aqui, provavelmente já pensou no assunto. Isto porque este é o objetivo de grande parte das pessoas que investem. Por isso, preparei o artigo desta semana com alguns comentários e dicas sobre o assunto. Fique comigo até o fim deste conteúdo.
Antes de iniciar, porém, vale uma breve introdução sobre os diferentes tipos de investimentos que oferecem esta possibilidade. A ideia é comentar suas características, benefícios e, claro, riscos.
De acordo com o gestor da Galapagos Wealth Management, Luiz Barone, as rendas de capital só possuem três fontes no mercado: ações (por meio de dividendos), imóveis (com aluguéis) e juros (originados na renda fixa, seja via títulos públicos ou crédito privado).
Ações
No caso das ações, em geral, as empresas que possuem capacidade de pagamento de dividendos são aquelas com boa governança corporativa e, obviamente, lucros. Elas não costumam pagar rendimentos mensais, como no caso dos fundos imobiliários, e sofrem com a volatilidade e os ciclos de mercado.
Ainda assim, são interessantes como parte de um portfólio diversificado. Por apresentarem boas condições patrimoniais, em geral, são vistas como reserva de valor que ajudam a proteger os investimentos de crises financeiras.
Imóveis
Por outro lado, temos os fundos imobiliários, que, como eu disse mais acima, pagam rendimentos mensais. Assim como no caso das empresas listadas, os FIIs também sofrem, ainda que com menos intensidade, com oscilações de mercado e ciclos.
Recentemente, o IFIX, que forma o índice do setor, amargou quedas por conta dos reajustes na Selic, que acabam levando os investidores para a renda fixa. Exemplo claro de mudança de tendência que abre oportunidade, mas também pode machucar as carteiras.
Juros
No caso da renda fixa, o tema pode ser dividido sob duas óticas: indexação e risco de crédito.
Os títulos indexados são aqueles que pagam um indicador de referência (Selic, CDI ou IPCA) mais uma taxa de juros. São emitidos por instituições financeiras e possuem risco um pouco menor. Eles podem ser encontrados nas modalidades de títulos públicos (governo), CDBs (bancos), LCAs (agrícolas) e LCIs (imobiliários) - estes três últimos segurados em até R$250 mil por CPF pelo Fundo Garantidor de Crédito, em caso de não pagamento.
Os demais possuem risco de crédito um pouco mais elevado e são encontrados via Debêntures, FIDCs (direitos creditórios), CRAs (certificados de recebíveis agrícolas) e CRIs (certificados de recebíveis imobiliários). Esses papéis são emitidos pelas empresas em busca de crédito por meio de securitizadoras e não contam com a proteção do FGC.
Aqui, as aplicações costumam pagar rendimentos um pouco maiores do que a média do mercado. Caso o tomador não honre as parcelas do empréstimo, o retorno de quem investiu será prejudicado. Por isso é importante avaliar as garantias deste tipo de investimento.
Portanto, e não me canso de bater nesta tecla, é preciso diversificar o portfólio, seja lá qual for a sua estratégia. Também é importante observar os ciclos de mercado. Este é um bom momento para a renda fixa ou variável? Quais setores estão performando melhor com a Selic mais alta?
Ao responder essas questões de forma precisa, as chances de sucesso do investidor aumentam, assim como quando ele não coloca “todos os ovos na mesma cesta”. Pense nisso!