Caro(a) Trader
Trump botando água no chopp dos mercados e seus correligionários tentando colocar água no chopp dele. O presidente americano volta a agitar os mercados com a proposta de aumentar as tarifas de importação do aço, podendo provocar uma guerra comercial global. Vários integrantes do seu partido demonstraram resistência a esta proposta e seu principal assessor econômico, Gary Cohn, pediu demissão. Mais uma vez temos o POTUS arrumando confusão. Observar que temos ainda nesta sexta um importante indicador na agenda, o nonfarm payroll. Interessante ficar de olho no ganho médio por hora trabalhada, que é divulgado junto.
Já na semana que vem os destaques na agenda começam somente na terça com o orçamento anual do Reino Unido, IPC americano e produção industrial chinesa. Na quarta teremos números de vendas no varejo, IPP e estoques de petróleo nos USA. Quinta é a vez do índice de atividade industrial americana. E no último dia da semana tem IPC da Zona do Euro, números de licenças de construção e ofertas de empregos nos EUA.
Hoje vamos voltar a falar do milho, último artigo foi dia 12/01, onde abordamos:
“Os preços se lateralizaram e nos últimos dias pouco variaram. O mercado de milho aguarda o relatório sobre safras e estoques do USDA que deverá sair nesta sexta-feira. Ele poderá balizar se os preços forem demandados ou ofertados devido a mostrar se para frente poderemos ter excesso ou falta do grão. O cenário poderá continuar sendo altista se vencer a região de US$ 361,50 e possivelmente baixista se for abaixo de US$ 337,25. Entre estas faixas poderemos pensar em uma lateralização. Para quem quiser se adiantar, tracei o rentângulo azul, compreendendo os últimos movimentos. Se os preços saírem acima do retângulo, poderemos pensar em alta, caso contrário, em baixas”.
Vamos agora ao que aconteceu desde lá. A seta amarela indica a região de preços do último artigo. Os preços romperam o retângulo azul e a possível resistência na região de US$ 361,50. Com este movimento pode ser possível que tenhamos deixado o cenário lateralizado para um cenário altista. Assim como a soja, os preços do milho foram impulsionados pelas dificuldades climáticas na argentina que tem afetado os números de safra. Porém, alguns analistas já dizem que este evento já pode ter sido totalmente precificado e o próximo driver podem ser as projeções e números do relatório do USDA que foi divulgado nesta quinta. Caso os preços continuem subindo, há possivelmente duas regiões de resistência em US$ 388,50 e US$ 404,25 (as duas primeiras linhas tracejadas brancas de cima para baixo). Interessante observar que os preços subiram sem respiro, e alguma correção pode ser saudável. Tracei duas LTAs para acompanhar o movimento (linhas tracejadas vermelha e amarela). Os preços, mesmo que voltando, mas respeitando estas LTAs, o pensamento ainda pode ser de alta. Caso romper estas LTAs, pode ser preciso ligar os alertas, pois poderemos ter que começar a olhar para baixo.
Até a próxima semana e bons trades.
Por Leo Felipe Senger (Equipe Youtrading)