Por Lorraine Nóbrega e Amanda Skokoff
A queda nas cotações do milho até a terceira semana de abril, influenciadas pelo avanço da colheita da safra de verão, melhoraram a relação de troca do boi gordo com o milho.
Temporada de chuva está chegando ao fim
Em abril (até 21/4), com exceção da região Noroeste e extremo Norte, além de algumas regiões no Sul e alguns outros pontos isolados no restante do país, as chuvas não passaram de 100 milímetros. Os maiores déficits se concentraram em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e São Paulo. Veja na figura 1.
Na região Sul, os pontos de maior incidência de chuva dificultam o andamento da colheita de soja, com destaque para o Rio Grande do Sul, que até 16/4 tinha apenas 38% da área semeada colhida.
A falta de precipitações tem preocupado os produtores em Goiás e Minas Gerais, nas regiões em que o ciclo do milho de segunda safra está menos avançado, com possibilidade de limitações produtivas.
Marcada pelo avanço do período seco e os baixos índices pluviométricos, a capacidade de suporte das pastagens nas principais regiões pecuárias brasileiras também reduziu no período.
Para maio são esperados volumes de chuva ainda menores. Com exceção da região Norte e extremo Nordeste, em que as previsões de precipitações seguem em bons níveis, os volumes de chuvas não devem ultrapassar 80 milímetros em boa parte do país (figura 2).
Figura 1. Precipitação em abril (até 21/04), em milímetros.
Fonte: INPE / CPTEC
Figura 2. Previsão de precipitação em maio, em milímetros.
Fonte: INMET