ÁSIA: As principais bolsas asiáticas, com exceção do Japão, fecharam em alta nesta quinta-feira, seguindo o ânimo de Wall Street em meio a um aumento no preço do petróleo.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 2,12%, com o setor da energia e mineração desfazendo das perdas da sessão de quarta-feira, na sequência dos aumentos nos preços das commodities. Mineradoras Rio Tinto (L:RIO) e BHP Billiton ganharam 8,91 e 8,27%, respectivamente, enquanto Fortescue Metals disparou 11,73%, após rebote dos preços do minério de ferro. Futuros de minério de ferro para entrega em maio em Dalian subiram 3,98%, a 340 yuan ($ 52) a tonelada, seu maior nível desde 20 de outubro. O preço do minério de ferro para entrega imediata no porto de Tianjin da China ficou em US$ 44, o nível mais alto desde 23 de novembro.
Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 1,35%, em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,01% e no continente, Shanghai Composite subiu 1,53%, enquanto o Shenzhen Composite avançou 1,95% e contrariando a tendência positiva, o Nikkei do Japão estendeu as perdas recentes para fechar 0,85% menor, provavelmente impactado pelo fortalecimento do iene japonês frente a queda do dólar.
O dólar caiu 1,65% frente a uma cesta de moedas, após divulgação de dados econômicos americanos fracos sugerindo ser improvável um aumento das taxas de juro na reunião do FED em março. A queda do dólar impulsionou mercados de petróleo.
No Japão, as ações da Sharp dispararam 16,79% após emissora japonesa NHK informar que a problemática fabricante de eletrônicos tinha aceitado uma oferta da taiwanesa Hon Hai Precision Industry, mais conhecida como Foxconn e rejeitado um plano de resgate de um fundo apoiada pelo governo japonês depois de meses de incerteza sobre o destino da empresa. Foxconn se ofereceu para investir mais de 700 bilhões de ienes (5,94 bilhões de dólares) na empresa. Mais tarde, a Reuters informou que a Sharp declarou que não tinha tomado nenhuma decisão em relação à oferta da Foxconn, mas que uma fonte disse que a Foxconn ganhou o direito de negociação.
O iene segue negociado a 117,90 por dólar, abaixo dos níveis de 120 registrado no início desta semana. Exportadores japoneses fecharam sem direção. Toyota caiu 2,14%, enquanto Canon avançou 1,10%. Um iene mais forte geralmente é negativo para os exportadores.
Os preços do petróleo continuaram a sua tendência ascendente durante o horário da Ásia e a maioria dos stocks de energia avançaram. Na Austrália, Santos disparou 13,36%, Oil Search avançou 7,14%. Em Hong Kong, CNOOC ganhou 6,07%, enquanto no Japão, Inpex ganhou 2,9%.
EUROPA: mercados europeus sobem com o declínio do dólar dando suspiro aos preços do petróleo e grandes empresas europeias reportando lucros em seus balanços. O pan-europeu STOXX 600 sobe mais de 1% na abertura do pregão desta quinta-feira.
O euro sobe 0,5134% frente ao dólar, em US $ 1,11 enquanto o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi fazia uma defesa para manter a luta contra a inflação baixa numa conferência do Bundesbank na Alemanha. Os comentários vieram depois que a inflação nas principais economias da região permaneceu bem abaixo do valor de referência de 2% dos grandes bancos centrais. Os comentários ocorrem duas semanas após o chefe do BCE enviar um forte sinal de que o banco central estava considerando aumentar suas medidas de estímulo na sua próxima reunião em 10 de março.
A temporada de resultados está em pleno vapor. Credit Suisse registrou um prejuízo antes de impostos em 2015 depois de um quarto trimestre difícil, assumindo encargos substanciais e avisou que espera que os mercados permaneçam voláteis durante todo o restante de 2016. As ações despencam mais de 9%.
Maior credor da Holanda INGt registrou lucro do quarto trimestre e suas ações sobem mais de 6%, enquanto isso, a Daimler segue negociado em baixa apesar de reportar um aumento de 22% no lucro operacional do quarto trimestre impulsionado pelo crescimento na China.
Entre outras notícias, os investidores estão de olho na última decisão de política monetária do Banco da Inglaterra e a divulgação de seu relatório de inflação trimestral nesta quinta-feira. Não são esperadas mudanças na decisão do banco, mas muitos analistas acreditam que um aumento da taxa de juros, provavelmente, ocorrerá em 2017.
O FTSE 100 do Reino Unido sobem, puxada por ações de empresas de mineração e petróleo e gás, levam benchmark ara a sua primeira alta em quatro sessões. A produtora de minério de ferro e platina Anglo American (L:AAL) sobe 7,96%, Glencore (L:GLEN) sobe 7,11%, enquanto BHP Billiton e Rio Tinto avançam 5,02 e 5,70%, respectivamente.
Royal Dutch Shell sobe 3,93% apesar da empresa divulgar uma queda de quase 60% no lucro do quarto trimestre.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
10h30 - Challenger Job Cuts (número de demissões corporativas);
11h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
11h30 - Prelim Nonfarm Productivity (mede a produtividade da mão-de-obra da economia norte-americana, excluída a agropecuária);
11h30 - Prelim Unit Labor Costs (mede a variação no custo total do emprego);
13h00 - Factory Orders (mede o volume de pedidos feitos à indústria como um todo, de bens duráveis e bens não duráveis);
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h30:
ÁSIA
Nikkei: -0,85%
Austrália: +2,12%
Shanghai: +1,53%
Hong Kong: +1,01%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,68%
London - FTSE: +1,11%
Paris CAC: +0,41%
IBEX 35: +1,09%
FTSE MIB: +0,63%
COMMODITIES
BRENT: +0,83%
WTI: +1,18%
OURO: +0,44%
COBRE: +0,83%
SOJA: +0,46%
ALGODÃO -0,87%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,48%
SP500: +0,48%
NASDAQ: +0,52%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.