Esta semana, acompanhamos os esforços do Departamento do Tesouro americano, do FED e do FDIC (The Federal Deposit Insurance Corporation) em afirmarem, logo no domingo, 12, que todos os clientes do SVB (Silicon Valley Bank) e do Signature Bank seriam protegidos, e teriam acesso aos seus depósitos. Isso através da oferta por parte do governo americano em prover liquidez ao sistema bancário através de empréstimos mais baratos (juros menores), e ao assegurarem que os depósitos de todos os clientes estavam protegidos, mesmo caso estejam acima dos limites de seguro.
E também do Banco Central da Suíça (The Swiss National Bank), em anunciar um empréstimo de até US$54 Bilhões para o Credit Suisse (SIX:CSGN), após o abalo na sua credibilidade e a forte desvalorização das suas ações, com a divulgação do 5º trimestre consecutivo de prejuízo, e principalmente depois do banco ter admitido que encontrou fragilidades significativas em seus relatórios financeiros dos últimos 2 anos.
Sabemos que em momentos de crises financeiras, os bancos centrais tendem a reduzirem as suas taxas de juros, como uma maneira de incentivar a recuperação econômica (dinheiro mais barato disponível = aumento nos empréstimos = aumento no consumo). Mas não foi isso que vimos nessa quinta-feira,17, na qual mesmo com todo esse cenário de crise no sistema bancário americano e suíço, o Banco Central Europeu aumento a sua taxa de juros de 3,00% para 3,50%.
Ou seja, a política monetária contracionista do Fed deve se manter inalterada, e se mantém o consenso de aumento da taxa de juros dos EUA em 25 pontos-base, de 4,75% para 5,0% na 4ª. feira dia 22/3.
Em resumo, os níveis de empréstimos bancários nos EUA devem ficar ainda mais apertados, em parte pelo receio de muitos bancos americanos, especialmente os de pequeno e médio porte, de que uma potencial recessão nos EUA já estaria sendo precificada pelo mercado.
Fontes: Goldman Sachs (NYSE:GS) – BlackRock (NYSE:BLK) - ABC News – AP News