Aqui é assim, um dia o dólar despenca, no outro sobe significativamente, pessoal realiza lucros e o que o mercado estava adorando agora está morrendo de medo. A moeda norte-americana à vista fechou ontem em alta de 2,39%, cotada para venda a R$ 5,1733.
É o seguinte, enquanto não sairem nomes dos futuros ministros e principalmente do da fazenda, o câmbio por aqui deve ficar bastante tenso e volátil. E depende qual for o nome, o dólar pode subir ainda mais, ou mercado se acalma e dólar volta a cair. Pois é a política está falando alto por aqui. À medida que o próximo chefe da pasta econômica brasileira segue indefinido, crescem os temores de que o Ministério da Fazenda acabe sendo liderado por alguém mais inclinado a uma maior flexibilidade das regras fiscais do país. Na verdade o aumento do salário mínimo e o bolsa família de R$ 600,00 terão que caber no orçamento, só que não. Então o que precisamos saber, é o quanto ficará de fora, porque que vai ficar fora vai.
Cenário externo já é bem diferente, afinal a possibilidade de afrouxamento da polícia de covid zero na China ajuda bastante a nossa moeda, somos exportadores de commodities e com isso nossas vendas tendem a subir e o real se valorizar.
Nos EUA congresso deve ficar divido após essas eleições de meio de mandato, mas o que importa mesmo são os juros, que creio que subirão 0,5% e não 0,75%, o que também é bom para o real. Continuaremos com um carry trade interessante para entrada de capital estrangeiro. Nesta semana, investidores ficarão atentos à divulgação de dados de inflação norte-americanos e falas de dirigentes do Federal Reserve, que podem oferecer pistas sobre as próximas decisões de política monetária do banco central dos Estados Unidos.
Para hoje na agenda veremos vendas do varejo na Europa e IGP-DI no Brasil.
Bons negócios a todos e que possamos ter definições positivas para o nosso país na política.