Ontem, após chegar a perder 2,03% na mínima do dia, a R$ 4,880, a moeda norte-americana à vista fechou em queda de 1,24%, a R$ 4,9194 para venda. O índice DXY, que mede o dólar frente moedas competitivas, fechou em baixa de 1,05%, a 102,724 pontos.
A divisa fechou bem perto de R$ 4,89,nível técnico importante que, quando cruzado, pode desencadear ordens automáticas de venda do dólar, derrubando ainda mais seu preço.
Destaques de ontem foram as divisas emergentes ou ligadas às commodities, e como o real está em ambos os campos, valorizou bem.
O foco no mercado de câmbio foram as expectativas de que a China estimulará a economia e relaxará seus duros lockdowns de combate à Covid. Além disso, a atividade mais fraca do que o esperado nos EUA pode eventualmente ajudar o banco central americano na tarefa de controlar a inflação.
Devemos tomar cuidado pois, embora os preços das commodities permaneçam elevados em níveis favoráveis para o real e a nossa taxa de juros esteja extremamente atrativa, se olharmos para frente, a escalada de riscos internos depois das eleições (de outubro) em meio a condições monetárias globais mais restritivas devem levar a depreciação do real no segundo semestre.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, disse que está ficando mais difícil para os bancos centrais reduzirem a inflação sem causar recessões, devido às crescentes pressões sobre os preços da energia e dos alimentos devido à guerra da Rússia na Ucrânia.
Conclusão, cautela e volatilidade. Quem puder vai “surfando na onda” do real forte.
Bom final de semana, turma!