Enviamos hoje um ESPECIAL do Ranking Mundial de Juros Reais de modo a captar as mais recentes movimentações de juros na Argentina.
A tentativa de evitar a forte desvalorização do peso levou ao movimento extremo da autoridade monetária, com uma taxa que “atrairia” investidores estrangeiros, levando a taxa básica aos 40% aa.
Dados as mais recentes projeções de inflação, os juros reais argentinos são os campeões indisputos da taxa real. Pelo critério das taxas de Swap de um ano, o juro médio operado na Argentina estaciona na faixa de 33,5%.
Se observamos pela taxa nominal, os juros reais impressionam ainda mais.
O forte déficit de conta corrente eéresultado em partes de anos de desindustrialização, políticas econômicas equivocadas e erros ainda a serem corrigidos do passado.
Com um problema cambial crônico, o país experimenta ainda uma inflação alta para os padrões atuais latino-americanos (com exceção da Venezuela) e buscou nos juros, como no passado recente do Brasil, a fórmula para conter uma forte sangria de curto prazo.
A maxidesvalorização do cambio no biênio 98-99 levou os juros brasileiros aos 45% ao ano, portanto, a Argentina repete uma formula comum entre 20 e 30 anos atrás.
Em consequência de tal movimento, o aperto fiscal deve ficar ainda mais severo e o país recorre novamente ao FMI na busca de uma linha de crédito, mais uma vez, num cenário com fortes odores de anos 90.