Neste fim de ano, pouco tem importado aos analistas os recordes nominais nas bolsas de valores, com o desenho de um rally superando as expectativas médias em nível global.
Os números têm sido superados com tal facilidade, que buscar uma análise concisa sequer faz sentido, principalmente com o baixo volume.
Ao mesmo tempo, o desenho do atual cenário, com a possibilidade concreta de assinatura em janeiro da ‘trégua’ entre EUA e China, inclusive com sinais de boa vontade do governo chinês e indicações de que o natal no Brasil já foi um dos melhores dos últimos anos dão fôlego para o ambiente mais positivo.
Outro ponto importante tem sido a demanda pelo prêmio de maior risco.
O investidor local, inclusive individual, já entendeu que a renda fixa no Brasil ficou para história e a procura por investimentos mais arriscados, em especial bolsas de valores, cresceu substancialmente nos últimos meses.
Tal fenômeno já vinha se replicando em outras localizações no mundo, em vista aos juros de baixos até negativos, levando ao movimento de menor aversão ao risco atual.
O importante neste momento de calibragem de carteiras e de um novo panorama para o mercado e a economia é buscar o equilíbrio e a atenção, pois não se pode descartar a possibilidade de uma correção, ainda que muito saudável, dos ativos em breve.
Além do dólar global em franca queda contra maioria das divisas e a perspectiva de uma abertura positiva dos mercados, como se desenha no exterior, as atenções se voltam a três indicadores importantes para o Brasil.
O IGP-M, com uma inflação de alimentos, material básico e bens finais tende a pressionar as perspectivas de continuidade do corte de juros por parte do COPOM ao atingir 2% este mês, segundo nossa projeção, levando também o IPCA de dezembro a possivelmente superar o 1% mensal.
Outro sinal positivo pode vir da PNAD (desemprego).
A média móvel trimestral, que já apresentava queda, deve novamente registrar uma contração, após a medida do CAGED mais recente superar em muito as expectativas dos analistas.
Por fim, o resultado do governo central deve sazonalmente retomar o déficit, porém o dado anual continua dando folga para o cumprimento da meta determinada no início do ano.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com baixo volume, com os recordes recentes.
Na Ásia, fechamento positivo, porém de baixo volume, seguindo o otimismo em Wall St.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e min. de ferro.
O petróleo abre em alta, com perspectiva de maior atividade econômica.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,55%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0535 / -0,48 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,378%
Dólar / Yen : ¥ 109,49 / 0,128%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,608%
Dólar Fut. (1 m) : 4060,22 / -0,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,31 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,86 % aa (-1,01%)
DI - Janeiro 25: 6,51 % aa (-0,91%)
DI - Janeiro 27: 6,85 % aa (-1,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,1564% / 117.203 pontos
Dow Jones: 0,3715% / 28.621 pontos
Nasdaq: 0,7764% / 9.022 pontos
Nikkei: -0,36% / 23.838 pontos
Hang Seng: 1,30% / 28.225 pontos
ASX 200: 0,40% / 6.822 pontos
ABERTURA
DAX: 0,226% / 13330,99 pontos
CAC 40: 0,268% / 6045,72 pontos
FTSE: 0,319% / 7656,58 pontos
Ibov. Fut.: 1,32% / 117858,00 pontos
S&P Fut.: 0,182% / 3250,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,258% / 8827,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 81,34 ptos
Petróleo WTI: 0,36% / $61,89
Petróleo Brent:0,29% / $68,12
Ouro: 0,01% / $1.511,53
Minério de Ferro: -0,10% / $91,61
Soja: 0,38% / $15,76
Milho: 0,39% / $390,00
Café: 0,98% / $128,45
Açúcar: 0,89% / $13,56